O mercado nacional de portáteis vai crescer 67 por cento durante este ano, de acordo com os dados reunidos pela Toshiba no seu Observatório. Para o crescimento expressivo contribuiu a acentuada descida dos preços dos equipamentos e o dinamismo dos retalhistas e operadores de telecomunicações, segundo a análise anual, que pretende "medir" o negócio neste segmento, cruzando dados de diferentes fontes como a IDC, a Gartner e a GfK, entre outras.

Naquela que é sua terceira edição, o Observatório Toshiba indica que a venda de computadores ultrapassará um milhão de unidades, prevendo-se que a base instalada dos equipamentos seja actualmente de dois milhões de portáteis.

Segundo o relatório, o preço médio de venda baixou 19 por cento, perto do dobro da taxa de descida registada em 2007. Este ano, prevê-se que 57 por cento das vendas registadas digam respeito a portáteis com um custo inferior a 800 euros.

Nas contas da Toshiba, o preço médio de um portátil em Portugal está nos 792 euros. Quando se observa apenas o terceiro trimestre, o valor baixa para 710 euros.

O centro de estudos da fabricante estima que o segmento de portáteis com um custo inferior a 400 euros - os chamados netbooks - represente 10 por cento das máquinas vendidas em 2008.

"Os netbooks estão a actuar como um "potenciador" de vendas. Daqui a três anos poderá não ser assim, mas numa primeira fase estão a ser encarados maioritariamente como um equipamento complementar, uma segunda máquina, não roubando vendas aos outros", salientou Jorge Borges director de marketing da Toshiba e responsável pelo centro de estudos da fabricante.

O canal do retalho continua a ser o canal de aquisição preferido, veiculando 50 por cento das vendas. Por sua vez os operadores de telecomunicações, ajudados pelo sucesso do programa e-escola, já representam um terço das vendas registadas.