Ao fim de um ano de atividade, o programa da Alphappl ajudou cerca de uma centena de pessoas a encontrarem um novo emprego na área das Tecnologias da Informação e Comunicação.

Os números estão em linha com as expetativas da startup, mas as estimativas para 2015 foram revistas. No ano passado o objetivo apontava para a requalificação de 500 pessoas em 2015, mas a meta foi reduzida a um quinto e a dificuldade não está em encontrar empresas interessadas em integrar quem passa pelo programa de requalificação. A maior dificuldade, confessa Hugo de Sousa, tem sido passar a mensagem junto dos cerca de 100 mil jovens desempregados que neste momento devem existir em Portugal.

Os recursos reduzidos da startup ao nível do marketing serão uma das explicações para que a palavra da Alphappl não cheque mais longe, o preço da formação (cerca de 3 mil euros) também pode ter influência, admite o CEO, ainda que a fatura só seja paga na totalidade se o formando conseguir um novo emprego. E as hipóteses de conseguir são elevadas.

A Alphappl assegura que a taxa de colocação pós-programa atinge os 70% e com uma adesão cada vez mais expressiva das empresas à iniciativa. A startup já atraiu 45 empresas, que procuram sobretudo programadores de software (.net e Java em destaque), analistas funcionais ou profissionais para a área de IT Governance, domínios que mais se destacam nas colocações já conseguidas pelo programa.

Embora os centros de serviços em outsourcing continuem a crescer a bom ritmo no mercado local, o responsável assegura que as 8 a 15 mil vagas de emprego TI identificadas em Portugal vão muito para além desse universo e dá o exemplo das colocações conseguidas pela startup: em 100, pouco mais de 10% encaixam nesse perfil.

Hugo de Sousa acrescenta que ao longo do último ano a forma como as empresas olham para a requalificação de competências tem mudado e isso reflete-se na procura crescente deste tipo de recursos, que chega a ser superior ao número de interessados em mudar de rumo profissional.

Quem avança e consegue emprego graças ao programa de requalificação tem esperado no máximo três meses por uma colocação, mas também há casos em que as empresas selecionam os novos colaboradores ainda durante a formação e acabam até por pagar as despesas do programa, relata o responsável.

A Alphappl avança todos os meses com novas edições do programa de requalificação, que tem uma duração de cerca de três meses e que só será pago na totalidade se o aluno for integrado. Caso contrário a fatura é reduzida a 30% do valor.

A startup garante que a sua oferta se diferencia pela metodologia, que trabalha hard e soft skills e aposta forte na autoaprendizagem com acompanhamento diário e personalizado, para formar programadores de software junior.

Recentemente anunciou uma parceria com o SAS para o lançamento de um programa que procura atrair engenheiros civis para a requalificação de competências. A iniciativa vai envolver o SAS na formação, que está focada em áreas como o data analysis e business intelligence.

 

Cristina A. Ferreira

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