A China fez história ao alunar com sucesso a sonda Chang’e 4 no chamado lado oculto da Lua, um feito inédito na história da exploração espacial. Para conseguir a comunicação com a sonda, foi primeiro lançado um satélite de retransmissão, para assegurar a triangulação dos dados com a base terrestre.
E se já foram publicadas diversas fotos do veículo de exploração, o satélite Longjiang-2 capturou no dia 3 de fevereiro uma fotografia única da Lua, oferecendo uma perspetiva muito rara do satélite natural, do seu lado menos conhecido. Ao longe pode ver-se uma “bolinha” azul, nada mais que o nosso planeta.
Para esta missão, a China pretende estudar vários aspetos do lado mais oculto da Lua, nomeadamente a observação radio-astronómica de baixa frequência, análises de relevo e terreno, identificação da composição mineral e estrutura da superfície lunar e medição de radiação de neutrões e de átomos neutros. Inicialmente a China enviou dois satélites Longjiang, com missões de orbitar e observar a Lua, mas foi perdido o contacto com o número 1.
A agência espacial chinesa explicou que durante o processo de alunagem da sonda, o satélite manteve-se silencioso para não interferir nas comunicações. Mas agora está ativo e a capturar imagens deslumbrantes como a que foi publicada. O satélite está a realizar, desde o dia 3 de fevereiro uma time-lapse da Terra e Lua, e esta fotografia serve de ponto de partida da sequência, marcando a primeira vez que os dois astros foram apanhados na mesma imagem.
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