O projeto acabou por sair vencedor de uma lista de candidatos onde predominava a Administração Pública. Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) chegaram à fase final de análise dos prémios da associação empresarial de software open source a par com mais dois finalistas, o IGAC e o Instituto de Informática da Segurança Social.

Álvaro Pinto, presidente da ESOP, apresentou os candidatos durante o Linux 2013, o encontro nacional de tecnologia aberta que este ano chega à XI edição, destacando o facto dos três projetos finalistas pertencerem ao universo da Administração Pública.

“Este ano assistimos a muitos casos na Administração Pública e pequenas iniciativas, algumas impulsionadas pela Medida 21 do PGETIC”, explicou ao TeK.

A Inspecção Geral das Actividades Culturais (IGAC) foi o primeiro projeto-piloto no âmbito da medida 21 do Plano Estratégico de Racionalização das TIC na Administração Pública, migrando todo o parque de Desktops para Linux (Ubuntu), o servidor de e-mail e groupware para 200 utilizadores (Zimbra), assim como o servidor de ficheiros, autenticação e LDAP.

Outro dos nomeados, o Instituto de Informática da Segurança Social chegou à fase final com o desenvolvimento do novo portal da segurança social, que conta com vários milhões de páginas vistas por mês, tendo adotado também várias tecnologia e produtos open source.

O projeto dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde acabou por ser o vencedor deste ano com a adoção de várias tecnologias e soluções open source que passam pela área de email e proxy, assegurados pela IPBrick com 6 servidores Linux Debian e 4 servidores para reverse proxy que servem os 600 servidores ou sites dentro da rede interna de serviços do Ministério da Saúde.

Nos postos de trabalho foi implementado Mozilla Thunderbird para 200 utilizadores em Lisboa e no Porto, mas também conta o potencial de chegar a um número mais alargado de utilizadores dentro do Ministério da Saúde, depois de se comprovar o sucesso desta primeira implementação.

Carla Reis Santos, vogal do conselho de administração, que recebeu o prémio, confirmou esse potencial, admitindo que o Prémio Abertura traz uma responsabilidade acrescida de fomentar o uso de open source e de dar o exemplo. “É o caminho que estamos a seguir e a atribuição do prémio faz-nos acreditar que é o correcto”, afirmou.

Em edições anteriores dos Prémios Abertura foram premiadas instituições como a Tranquilidade, a AMA – Agência para a Modernização Administrativa, a Secretaria de Estado das Obras Públicas e das Comunicações e a Inforlândia.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico