O médico britânico David Allamby afirma que a realidade virtual pode condenar uma geração à miopia e à síndrome do olho seco.

O profissional da saúde, diretor da clínica oftalmológica Focus, em Londres, disse ainda, em entrevista ao diário britânico, Mirror, que "estamos prestes a assistir a um boom de sérios problemas de visão".

"Tanto os pais como os mais novos precisam de conhecer os riscos. Com a realidade virtual vamos ver muito mais pessoas a sofrer de fraca exposição solar - algo que afeta a forma como os olhos crescem e que pode levar à miopia [e consequentemente] à agravação da mesma".

Estas declarações são dadas numa altura em que os PlayStation VR se preparam para chegar às lojas, num lançamento que vai acontecer já no próximo dia 13 de outubro. Com 40 milhões de vendas confirmadas a nível global, muitos especialistas acreditam que este é o ponto de massificação da tecnologia. Para Allamby, o ponto de partida para uma vaga de doenças oculares, mas não só.

"A proximidade [dos ecrãs] aos olhos durante longos períodos de tempo pode levar a problemas de tensão ocular ou problemas neurológicos e isso precisa de ser compreendido", explica o médico, sustentado por um estudo da Universidade da Califórnia que recentemente provou que as experiências virtuais podem causar o "desligar" de vários neurónios.

Estes apontamentos médicos juntam-se assim aos enjoos por várias vezes reportados. "Dez minutos depois de ter começado a jogar, estava quase a vomitar", confessou uma repórter do Engadget depois de uma experiência na E3 com a versão virtual de Resident Evil 7.

Face a estes problemas, decorrentes da exposição próxima a luz artificial, o médico David Allamby recomenda que se "passe mais tempo sob a luz natural" de forma a ajudar o olho a produzir dopamina, uma substância que ajuda as nossas células "a falar umas com as outras".

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