Além da dificuldade em disponibilizar consolas para satisfazer a procura dos consumidores, a Sony decidiu agora aumentar o preço da PlayStation 5, apontando o desafio causado pelo atual ambiente económico global. “Estamos a ver altas taxas globais de inflação, assim como tendências monetárias adversas, que estão a ter impacto nos consumidores e a criar pressão a muitas indústrias”, salientou Jim Ryan, presidente e CEO da Sony Interactive Entertainment.
A fabricante analisou o atual panorama económico e diz que, baseado no desafio dessas condições, teve que tomar a “difícil decisão” de aumentar o preço recomendado de retalho às consolas PlayStation 5 nos diversos mercados globais, incluindo a Europa, Médio Oriente e África (EMEA), Ásia-Pacífico, América Latina e Canadá. Apenas os Estados Unidos foram salvos do aumento dos preços, pelo menos para já.
Jim Ryan afirma que apesar do aumento do preço ser uma necessidade devido à situação económica global e respetivo impacto no negócio da Sony, a sua prioridade continua a ser a melhoria da situação de distribuição das consolas.
No que diz respeito aos preços, que a Sony diz que são de efeito imediato, e no mercado europeu, que interessa a Portugal, o preço da PlayStation 5 com leitor de discos Blu-ray passa a custar 549,99 euros, enquanto que a Digital Edition passa a 449,99 euros. Em Portugal, a escassez das consolas está a obrigar as grandes superfícies a criarem listas de espera, vendendo bundles que incluem jogos, comando adicional e cartão PSN, com preços que podem ultrapassar os 700 euros, como é o caso da oferta da Worten.
De recordar que recentemente que a Sony poderá ser levada a tribunal no Reino Unido exatamente pela sua posição dominante no mercado e na prática de preços excessivos pelos jogos e conteúdos digitais nos seus canais. No seu mais recente relatório de contas, a divisão de gaming da Sony obteve menos vendas do que o mesmo período do ano passado, num valor de cerca de 4,4 mil milhões de euros.
A Sony revelou que as vendas seriam 16% inferiores às projeções feitas em maio, devido à diminuição na compra de videojogos do estúdio, assim como respetivas expansões. Por outro lado, deixou a nota que a diminuição de performance da divisão de gaming se deveu às despesas associadas com aquisições. A conclusão do processo de compra da Bungie terminou mais cedo que a Sony previa, alterando a sua previsão de custos em mais 13 mil milhões de ienes (95.512 milhões de euros). Ou seja, de 44 mil milhões (323.180 milhões de euros) para aproximadamente 57 mil milhões de ienes (418.665 milhões de euros).
Apesar de estar a passar um período menos favorável, a Sony continua a acertar agulhas para o lançamento dos seus próximos produtos. No gaming, em setembro chega o remake do primeiro capítulo de The Last of Us e em outubro a esperada sequela de God of War, Ragnarok. No que diz respeito a periféricos, foi revelado esta semana na Gamescom o novo comando DualSense Edge, direcionado a jogadores mais exigentes e que queiram mais personalização. A Sony confirmou também que o seu headset de realidade virtual, o PlayStation VR2, chega no início de 2023 ao mercado.
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