Está apenas previsto para 2026, mas a Sony avançou com uma nova tecnologia de retroiluminação através de LEDs RGB. Neil King, diretor de Home Entertainment da Sony, durante uma apresentação em Londres que o SAPO TEK assistiu, destacou as limitações dos painéis atuais com a retroiluminação baseada em brancos. A nova tecnologia permite aumentar o volume de cor dos ecrãs através do controlo individual do brilho e cor RGB.

A tecnologia combina assim os benefícios do RGB LED com o processador XR de inteligência artificial que alimenta os televisores Bravia, resultando numa melhoria de imagem. Em comparação, nota-se uma grande diferença entre o LED branco e o LED RGB a nível do brilho da cor, os ângulos de visão da imagem e ainda no contraste, como foi mostrado na apresentação.

Esta tecnologia faz parte da estratégia da Sony para melhorar a experiência cinematográfica na sala de estar, aumentando a gama de cores e luminosidade, para reproduzir cores mais ricas, dando um maior sombreado à imagem.

Veja as imagens da tecnologia

O novo sistema de visualização de LED RGB permite controlar de forma individual as três cores primárias (vermelho, verde e azul que formam o RGB). A tecnologia foi criada sobretudo para ecrãs de grandes dimensões, garantindo que cada pixel emita luz de forma independente, dando mais cor e vibração às imagens. Como referiu Neil King, todas as tonalidades e gradações subtis da luz chegam a todos os cantos do ecrã, mesmo que sejam de grandes dimensões.

A Sony trabalhou com os seus estúdios de cinema para desenvolver a tecnologia, que tem o objetivo de oferecer nas salas de estar a experiência cinematográfica dos filmes, tal como foi imaginado pelo realizador. Durante uma demonstração, a Sony comparou a imagem “perfeita” de um monitor profissional utilizado no local das filmagens, onde é afinada a imagem que o realizador pretende oferecer, com a tecnologia RGB LED e notou-se a aproximação do detalhe e cores entre os dois.

Sony RGB LED Backlight
Sony RGB LED Backlight

A fabricante destaca que já tinha utilizado a tecnologia de retroiluminação LED RGB de matriz completa em 2004 nos televisores LCD. A tecnologia surge agora nos modelos OLED. A Sony diz que a emissão da cor independente garante maior pureza de cor, cobrindo mais de 99% do espectro DCI-P3 e 90% da norma ITU-R BT.2020.

O novo sistema oferece uma função onde é atribuída de forma dinâmica a potência ideal a cada canal RGB mediante uma cena específica. Nos televisores atuais, com o sistema convencional de retroiluminação, a luz é concentrada em elementos luminosos, como por exemplo, as estrelas ou a lua em cenas noturnas para ajudar a aumentar o pico de brilho.

Veja a demonstração da tecnologia no vídeo

A Sony aborda a tecnologia de forma diferente, ajustando a luminosidade em harmonia com a gradação das cores. O objetivo é oferecer cenas de tom único, tal como um céu azul profundo ou a folhagem de outono vermelha, mas vibrante, com mais detalhes. A fabricante diz que o sistema pode atingir níveis de pico de brilho superiores a 4.000 cd/m2, que é a referência nos monitores profissionais da Sony. Esse sinal é processado a alta velocidade e com elevada precisão, a uma taxa de 96 bits. Os pretos profundos e brancos brilhantes são destacados, mas também as cores intermédias, diz a Sony. Nos ecrãs de grande dimensão, numa perspetiva lateral, as imagens mantêm-se com qualidade.

Para reproduzir as cores com mais exatidão, o sistema conta com um processador de controlo dedicado. Este tem o dobro da capacidade de processamento dos sistemas de escurecimento local dos televisores convencionais. Os chips estão a ser produzidos em parceria com a MediaTek.

Nota de redação: O SAPO TEK viajou a Londres a convite da Sony.