Ainda continua por definir quando serão substituídas as ligações USB-C ou Thunderbolt 3, ambos acessíveis pela mesma entrada nos equipamentos atuais. Mas já se fala do Thunderbolt 4 da Intel (e também o USB 4), que está a obrigar as fabricantes a aprofundar os requisitos mínimos dos seus equipamentos para a sua utilização, para que grande parte dos sistemas sejam compatíveis.
As duas primeiras gerações de Thunderbolt utilizavam miniDisplayPort, mas em 2015, a terceira geração passou para o formato USB-C, o que parece ter tido um maior consenso na aceitação dos utilizadores e fabricantes. O Thunderbolt 4 irá utilizar a mesma entrada para os cabos atuais, o USB-C, mas também a mesma largura de banda de 40 Gbps por segundo, algo que foi recebido com desapontamento pelos tech geeks.
No entanto, o miminho está reservado para a velocidade de transferência dos sistemas de armazenamento SSD PCIe, que vão agora duplicar, dos 16 GB por segundo atuais, para 32 GB, o que torna mais prático e rápido passar vídeos pesados para edição. O objetivo é também que os computadores consigam ligar dois ecrãs de 4K, ou em alternativa um monitor de 8K. Mesmo que atualmente se consiga fazer via Thunderbolt 3, as fabricantes não dão essa garantia, e por isso a Intel está a registar como requisito para a próxima geração.
Relativamente à segurança, a Intel vai usar a sua tecnologia de virtualização VT-d que protege contra o acesso direto a memória, os chamados ataques DMA. Os especialistas afirmam que os principais sistemas operativos já suportam esta tecnologia, o que não dará problemas na adoção.
Outro requisito que a Intel está a pedir é que os PCs e portáteis tenham pelo menos uma das entradas compatíveis com carregamento de energia via USB-C, até ao máximo de 100 W. Isso significa também que o Thunderbolt e o USB vão continuar de mãos dadas no futuro, visto que o protocolo de Thunderbolt 4 será compatível com o USB 4, que tem vindo a ser adiado.
O facto de diferentes gerações de USB e Thunderbolt utilizarem a mesma ligação USB-C pode facilitar, no papel, a compreensão dos utilizadores. Só que na prática, os requisitos são totalmente diferentes, e muitas vezes olha-se para a entrada e não se lê os símbolos ou requisitos, tornando as incompatibilidades uma confusão. Veja-se mesmo o que acontece com os equipamentos dependentes de USB-A, com três gerações em cima, obrigando a presta atenção ao tipo de cabos que se adquire para utilização.
Para todos os efeitos, um símbolo de relâmpago perto de uma porta USB-C significa que é compatível com Thunderbolt. Quanto a uma data específica, ainda é cedo, mas a promessa é que venha a suportar os próximos processadores para portáteis baseados na arquitetura Tiger Lake, provavelmente mais para o final do ano.
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