As mulheres representam apenas uns meros 17% dos profissionais TIC existentes em toda a União Europeia e a culpa é, em grande parte, dos estereótipos de educação estabelecidos desde tenra idade. É por isso que “quase nenhuma adolescente considera uma carreira da área das tecnologias”, alerta o European Institute for Gender Equality (EIGE), a propósito do Dia Internacional da Mulher, assinalado esta quinta-feira.
Na UE, 3% a 15% dos rapazes pensa em ter uma profissão na área das TIC aos 30 anos. Entre o sexo feminino só em quatro países a intenção fica em valores de 1% a 3%. Nos restantes, nomeadamente em Portugal, o valor está abaixo de 1%.
“Desde cedo que as jovens aprendem a considerar que os rapazes são melhores nas competências digitais. Mais tarde, acabam por olhar para outras opções de carreira, subvalorizando os benefícios de ter uma trabalho nesta área”, refere Virginija Langbakk, diretora do EIGE. “Se não quebrarmos estes estereótipos, a UE continuará a perder talento”.
Uma das soluções para conduzir mais mulheres ao sector digital passará por destacar a atrativa caraterística de equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal. “Tirar umas horas durante o dia , normalmente, não é um problema, trabalhar até tarde ou começar muito cedo não é comum”, indicam os dados do EIGE.
Por outro lado, há que dar solução a aspectos que podem gerar menos atração, como o facto de parecer existirem regras diferentes para homens e mulheres. As estatísticas mostram que embora as mulheres tenham maior formação académica, os cargos mais altos são ocupados pelo sexo masculino.
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