As más notícias sobre a evolução da venda de computadores, à medida que o ano avança, vão-se confirmando. Os dados apurados pela IDC para o terceiro trimestre de 2022 revelam que o número de unidades entregues nas lojas entre julho e setembro caiu 15% face ao ano passado, para um total de 74,3 milhões de unidades
A IDC confirma que o consumo continuou tímido neste período, mesmo com o esforço de alguns fabricantes para reforçar promoções, o que ainda assim ajudou a suavizar os resultados finais do trimestre, também influenciados por uma redução de encomendas. Esta redução foi transversal a todo o mercado, com exceção da Apple, que aumentou as encomendas para compensar as vendas perdidas no trimestre anterior, por causa dos confinamentos na China.
O terceiro trimestre voltou também a mostrar uma descida no preço médio de venda dos equipamentos. Durante a pandemia, por causa da escassez na oferta e da elevada procura, este indicador foi subindo por cinco trimestres consecutivos, acabando por atingir os 910 dólares nos primeiros três meses deste ano, um valor que não era atingido desde 2004.
A partir do segundo trimestre, a tendência inverteu-se por causa da diminuição da procura e da proliferação de promoções. “Outro trimestre com um declínio do PMV indica um mercado em retração", confirma Jitesh Ubrani, diretor de pesquisa da IDC, sublinhando que este é um indicador ao qual a empresa vai continuar a manter-se atenta nos próximos meses.
Por empresas, a Lenovo continua a agarrar a liderança do mercado, com uma quota de 23,1% e mais de 16 milhões de unidades vendidas no período. Seguem-se a HP e a Dell. A Apple surge na quarta posição e, ao contrário da concorrência, conseguiu melhorar as vendas em 40% entre o terceiro trimestre de 2021 e o mesmo período de 2022, passando de uma quota de mercado de 8,2% para 13,5%.
No segundo trimestre deste ano, tal como no primeiro, as vendas mundiais de computadores já tinham caído, depois de dois anos a crescer. Fixaram-se nos 71,3 milhões de PCs, menos 15,3% que em igual período do ano passado.
Em Portugal o cenário tem sido um pouco pior. No segundo trimestre as vendas de portáteis e PCs caíram 34%, a refletir o fim do programa de educação, mas também a nova fase de necessidade das empresas e consumidores, como revelou recentemente a IDC ao SAPO TeK.
Vale a pena notar, no entanto, que os números apurados pela IDC para as vendas de computadores no terceiro trimestre de 2022, ainda refletem um ajuste do mercado ao crescimento explosivo nas vendas de equipamentos eletrónicos durante a pandemia. Ou seja, os volumes de venda continuam acima dos valores pré-pandemia.
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