Desde o início do ano a Polícia Judiciária já terá detectado 40 esquemas de fraude dirigidos aos clientes das várias instituições bancárias presentes em Portugal.



De acordo com uma notícia publicada pelo Correio da Manhã, terão sido afectados pelas burlas identificadas pela polícia 20 mil clientes e destas acções resulta um desvio anual de cerca de 7,5 milhões de euros.



Os métodos mais usados serão o envio de emails que escondem programas desenhados para recolher informação confidencial, bem como o recurso à criação de sites que supostamente estão a contratar serviços, nos quais a inscrição requer o fornecimento de alguns dados pessoais, nomeadamente o NIB.



Em Outubro do ano passado, numa apresentação à imprensa, Rogério Bravo, inspector-chefe da Judiciária confirmava que o phishing, a pedofilia online e criminalidade informática pura (como o hacking) eram os três tipos de eventos que mais originam queixas à PJ, na área da criminalidade informática.



Só na directoria de Lisboa e Vale do Tejo a PJ deu em 2009 resposta a 600 processos, na sua divisão dedicada à criminalidade informática. Em 2010, e até Outubro, a mesma directoria já tinha em mãos mais de mil processos.



Dados do relatório de segurança da Symantec, relativo ao ano passado, indicam que em todo o mundo 65 por cento dos utilizadores de Internet já foram vítimas de cibercrime. Destas vítimas 51 por cento foram alvo de vírus ou outro malware, cerca de 10 por cento envolveram-se em esquemas online e menos de 10 por cento foram visados por phishing, fraude de cartão de crédito, entre outras ameaças.