Depois de Mafalda Ribeiro ter feito a primeira aparição no palco do 26º Congresso da APDC, contando a sua experiência de como as tecnologias ajudaram a transformar a sua vida e pedindo mais evoluções, era difícil que Marcelo Rebelo de Sousa não pegasse no tema da inclusão e cidadania digital, que é também próximo das áreas estratégicas às quais o Presidente da República se tem dedicado.

E começou mesmo com um repto à audiência, constituída em grande parte por profissionais do sector das telecomunicações e TIC, pedindo para terem consciência do papel transformador que as tecnologia têm na sociedade, embora admitindo que a noção exata desse papel possa não ser fácil de abarcar.

“As tecnologias têm um papel crucial no progresso social, na ultrapassagem de desigualdades, limitações, exclusões e distanciamento na sociedade portuguesa”, justificou o presidente da República que vai presidir ao Congresso da APDC nos próximos três anos. “Ficar de fora é ficar irreversivelmente excluído”, afirma.

Mas a economia não foi esquecida. Marcelo Rebelo de Sousa diz que há dois países em Portugal, um que tende a ser dominante e outro que fica residual e excluído, numa clivagem praticamente etária mas qualquer mudança tende a ser apenas conjuntural se não houver crescimento económico. Numa economia que não cresce o avanço é nulo.

O Presidente defende que é preciso estimular e dar visibilidade á revolução que está em curso com a dinâmica dos jovens que estão a mudar todos os dias o perfil da economia portuguesa com a sua “irreverência” e “pujança”. “Temos de nos assumir como uma plataforma entre culturas, civilizações e continentes, e atrair mais investimento”, defendeu na sessão de abertura.

A primeira sessão do 26º Congresso da APDC contou ainda com o presidente da Associação, Rogério Carapuça e Maria Manuel Leitão Marques, ministra da Presidência e da Modernização Administrativa.