A maioria dos portugueses não estaria disposta a comprar e a pagar um automóvel através da Internet: 28% afirmam "certamente que não", enquanto 43% consideram que "provavelmente não". Os números relativos ao mercado português estão em linha com os valores apresentados por outros países europeus.

Apenas 5% dos portugueses responderam com um "certamente" à pergunta "estaria disposto a comprar e a pagar a sua viatura através da Internet", feita num estudo do Observador Cetelem sobre o mercado automóvel. Os restantes 24% responderam que "provavelmente" fariam a compra de um veiculo através da Internet.

Mas tal como adianta o relatório da empresa de análise parte dos baixos valores registados em Portugal e mais sete países, onde se incluem Reino Unido, Alemanha e Itália, podem ser por responsabilidade da indústria automóvel que "não está a explorar totalmente a Internet".

A distribuição de veículos tem que saber adaptar-se às novas exigências dos utilizadores e a utilização de ferramentas de venda online até podia permitir baixar o preço de custo de alguns veículos.

"A Internet não deve continuar a ser considerada como uma ameaça para as redes tradicionais de venda automóvel, mas sim como um verdadeiro acelerador da compra desse bem", comentou em comunicado o diretor de Marketing da Cetelem, Diogo Lopes Pereira.

A investigação concluiu que 55% dos portugueses nos próximos dois anos pretendem utilizar a Internet para conseguir informação sobre os veículos que podem vir a comprar. A procura de informação online permite agilizar a escolha do automóvel e consequentemente a sua compra, pelo que este é mais um sinal de necessidade de adaptação da indústria automóvel às ferramentas Web.

Os sites das marcas dos veículos são a principal fonte de informação usada por 67% dos internautas portugueses, número que baixa para os 61% tendo em conta a média dos países europeus estudados. Os sites de concessionários, com 60% das preferências, e os fóruns online sobre automóveis, com 39% das respostas, são outros sítios na Internet que os compradores consultam antes de fazerem o investimento.

O estudo foi realizado entre maio e junho de 2012 e teve por base 4.830 inquéritos a populações representativas da Bélgica, Espanha, França, Itália, Portugal, Reino Unido e Turquia.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico