Existem em Portugal 4,2 milhões de utilizadores registados nos serviços Live da Microsoft. Destes, 3,5 milhões são utilizadores do serviço de mensagens instantâneas da empresa e 3,9 milhões utilizadores de serviço de correio electrónico gratuito, o Hotmail.



Os números referem-se ao mês de Março e foram partilhados por Nuno Alves Silva, director da Unidade de Negócio de Consumo & Online da Microsoft Portugal. O responsável explica que a utilização dos serviços online localmente tem mantido um crescimento constante, mas também admite que a aposta em conteúdos localizados tem contribuído positivamente para uma maior utilização dos canais online da fabricante, que progressivamente tem vindo a expandir a presença na Internet e a oferta de serviços nesta área.



A aposta em conteúdos locais em português permitiu, como adianta Nuno Silva, que a página Iocal do MSN, num ano, duplicasse o número de page views, exemplifica. A monitorização do canal desde então tem permitido chegar a algumas conclusões e perceber que os conteúdos dirigidos ao público feminino e ao entretenimento são os preferidos dos utilizadores portugueses, pelo que é nesse sentido que a empresa pretende fazer evoluir a oferta.



O Bing e os serviços que lhe estão associados tem sido outra área com algumas evoluções locais, no domínio das ofertas Internet. O Bing Maps que a empresa desenvolve combinando imagens e conteúdos de parceiros profissionais e utilizadores ganhou já este ano a versão final do Photosynth.



Desenvolvida pelos laboratórios da Microsoft, a tecnologia permite que os utilizares carreguem na plataforma de mapas várias fotos de um mesmo local e imprime-lhes volumetria e um ambiente 3D.



A oferta já é usada por particulares (que a partir, ou fora, de Portugal têm contribuído para aumentar o registo de imagens disponível sobre o país), mas a Microsoft espera que seja também cada vez mais por empresas, que têm aqui uma ferramenta para dar destaque ao seu negócio na plataforma, com imagens do interior de um restaurante, uma loja, etc.



A este e outros níveis as empresas de cada país serão um elemento central no enriquecimento da plataforma online e na capacidade que esta terá para atrair a atenção dos utilizadores. Às iniciativas pró-activas dos utilizadores - particulares e empresas - a Microsoft vai por isso juntando algumas parcerias que acelerem a oferta de conteúdos de interesse local. É o caso da informação de trânsito fornecida pela Estradas de Portugal, que adicionou à plataforma os conteúdos do serviço Estradas.



O Maps faz-se ainda - é aliás a base da oferta - de diversas vistas que fornecem imagens mais ou menos aproximadas do chão, consoante é seleccionado pelo utilizador, do país, região, cidade ou bairro. A chamada vista de pássaro (Bird Eye) é de momento a que fornece imagens mais nítidas do que está ao nível do chão e também a mais popular junto dos utilizadores portugueses.



Bing vai-se tornado motor de decisão



Tal como determinava o road map da Microsoft quando lançou mundialmente o Bing. Os Estados Unidos assumem a liderança no processo de disponibilização em pleno de todas as funcionalidades do serviço, que a empresa faz questão de considerar um "motor de decisão", por oposição a um simples "motor de pesquisa".



No país de origem da empresa o processo está praticamente concluído. Em Portugal - onde ainda não há uma data definida para o lançamento em pleno do Bing - faltam cumprir alguns passos para que, além da pesquisa, o Bing alcance as restantes dimensões a que se propõe.



Nesse caminho estão alguns passos como a optimização dos mecanismos de pesquisa tendo em conta factores linguísticos e culturais, dos mapas ou da capacidade de resposta de forma mais inteligente às perguntas de quem usa o serviço. Outra falta ainda por colmatar é a disponibilização de diversas áreas de pesquisa que fazem uma filtragem previamente dos resultados a procurar pelo serviço. Viagens, compras, notícias, são alguns exemplos a funcionar na versão internacional.

Cristina A. Ferreira