O Verão já chegou e, embora a a pandemia de COVID-19 tenha atrasado os planos de férias, são muitos os que recorrem à Internet para encontrar a viagem ideal, em particular, depois da entrada em vigor do Certificado Digital COVID. Porém, as ofertas de última hora e a urgência na marcação das férias podem levar os internautas a cometer erros e expô-los ao risco da fraude com reservas online.
De acordo com dados da Revolut, só no último ano registou-se uma subida de 46% de clientes portugueses da empresa a usarem os seus cartões para fazer compras online e o volume transacionado cresceu 130% neste período. Com mais pessoas do que nunca a recorrer ao comércio eletrónico, a atividade fraudulenta também aumentou, expondo potenciais vítimas a uma escala e ritmo nunca antes vistos.
Recorde-se que, em 2020, as queixas apresentadas na Procuradoria-Geral da República, relacionadas com a cibercriminalidade quase duplicaram, aumentando 182%. De acordo com o Centro Nacional de Cibersegurança, dos principais cibercrimes identificados ao longo do ano foram phishing, smishing, infeções por malware, ransomware, entre outros tipos de fraude ou burla.
A Revolut quer aumentar a consciência sobre os diferentes tipos de crimes e partilha algumas dicas para detectar os sinais de que uma oferta é potencialmente fraudulenta. É verdade que existem diferentes táticas usadas pelos cibercriminosos, mas muitas das quais são realizadas através de pagamentos autorizados por push, onde as vítimas pagam por bens ou serviços que não são recebidos e podem ser operacionalizados via e-mail, mensagens de texto, chamadas telefónicas ou ativadas através de publicidade maliciosa nas redes sociais.
Como evitar fraudes online nas férias de Verão?
- "Cyber hygiene check": faça uma limpeza
Remova todos as apps não utilizadas ou perfis online de que já não precisa, verifique as suas configurações de privacidade em plataformas de redes sociais para garantir que está a partilhar dados apenas com as pessoas em quem confia e ative a autenticação multifator sempre que possível para fortalecer a segurança das contas. Garantir que as palavras-passe são atualizadas regularmente e excluir contas não utilizadas deve ser uma parte regular da sua rotina cibernética.
- Desconfie de ofertas demasiado baratas
É importante comparar cada oferta com outras disponíveis, perceber o preço médio junto de agências de viagem reconhecidas ou companhias de aviação para as mesmas datas, para ter uma referência. Se a oferta for consideravelmente mais barata, pode ser uma fraude.
- Preste atenção aos logótipos
Procurar a autenticidade dos logótipos nas ofertas é recomendável. Deverá também pesquisar por selos de qualidade oficiais que possam acompanhar o website da empresa. Operadores turísticos são, tendencialmente, membros de associações de turismo. Poderá encontrar facilmente os logotipos oficiais através do seu motor de busca.
- Confie apenas em sistemas de pagamento internos
Os websites de reservas têm sistemas anti-fraude, mas muitas vezes os criminosos aproveitam a popularidade destes sítios para tentar enganar potenciais vítimas. Procure perceber se o link de pagamento reconduz para um site externo ou caso peçam para fazer uma transferência bancária.
- Não contacte pessoas fora das plataformas oficiais
As plataformas de reservas inibem os contactos fora das plataformas como medida preventiva. Os clientes devem suspeitar se encontrarem uma reserva com o e-mail privado ou o número de telefone do proprietário ou um anúncio que incentive o contacto direto. É aconselhado o uso do chat de apoio das plataformas de booking como primeiro ponto de contacto.
- Verifique as opiniões online e identifique as falsas
Verificar avaliações de clientes e as páginas de redes sociais das empresas nas quais pondera fazer uma reserva é obrigatório. Poderão existir comentários falsos para credibilizar a oferta. Mas alguns sinais podem ser reveladores, por exemplo, muitas críticas semelhantes, muito recentes ou pouco factuais, bem como críticas de membros não avaliados na plataforma.
- Atenção aos esquemas com reembolsos
Devido à pandemia, quem viaja tem que lidar cada vez mais com cancelamentos de voos e pedidos de reembolso. Os criminosos usam essas oportunidades para enganar os clientes de várias maneiras, incluindo através de e-mails de phishing, chamadas falsas ou anúncios nas redes sociais. Os clientes devem ficar atentos se lhes for pedido para pagar uma taxa inicial de gestão de pedidos de reembolso - especialmente se o seu pedido for redirecionado para um site externo ou se forem solicitados os seus dados bancários por telefone.
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