Em setembro o YouTube anunciou que no início de 2020 ia lançar um conjunto de alterações na plataforma que reconheceu que iriam ter "um impacto significativo no negócio" das famílias e crianças que criam conteúdos. As medidas surgiram como reação a uma multa da FCT, que acusou a plataforma de alegadamente violar a Lei Federal de Proteção à Privacidade Online para Crianças, e começaram a ser lançadas a nível mundial esta terça-feira.
Em comunicado, a plataforma garante que a partir de agora os dados de qualquer utilizador que assista a conteúdos produzidos pelos mais novos serão tratados como se de crianças se tratassem, independentemente da sua idade. Desta forma, a recolha de dados e a sua utilização para os vídeos destinados às crianças serão apenas concretizados “caso seja necessário para apoiar o serviço”.
Além disso, o YouTube deixa de veicular anúncios personalizados nos conteúdos para as crianças e alguns recursos deixam de estar disponíveis, como comentários e notificações. E agora a plataforma passa a solicitar aos criadores a categoria em que o vídeo se insere, enquanto uma ferramenta de machine learning vai ser utilizada para encontrar vídeos cujo público alvo são as crianças.
Reconhecendo que estas mudanças vão ter "um impacto significativo no negócio" das famílias e crianças que criam conteúdos, o YouTube garantiu em setembro que iria trabalhar para oferecer aos criadores afetados quatro meses para que se adaptem, antes de as alterações entrarem em vigor no YouTube. Ainda assim, na publicação onde anunciou estas mudanças, a CEO da empresa, Susan Wojcicki, afirmou que a plataforma estava comprometida em trabalhar com os criadores na transição e em fornecer recursos para ajudá-los a compreender de uma melhor forma essas alterações.
Um desses recursos foi lançado em novembro de 2019, através de uma ferramenta que ajuda a identificar quais os conteúdos que são adequados para crianças. Desta forma, fica mais fácil adaptar os vídeos caso não sigam as "normas" da plataforma.
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