A Amazon quer aumentar o nível de proteção de dados e privacidade dos seus clientes, e não tendo uma forma eficaz de verificar os seus trabalhadores, sobretudo durante o período atual de teletrabalho, vai adotar novas abordagens. A gigante do retalho deverá licenciar as ferramentas da BehavioSec, que consistem no registo do comportamento dos empregados enquanto teclam ou clicam no rato, cruzando com os registos que são feitos no sistema.

Desta forma, a empresa pretende controlar se os registos foram feitos pelos seus empregados ou por hackers, de forma a aumentar a proteção dos dados dos seus clientes. Num documento interno da empresa que a Motherboard teve acesso, a Amazon diz que este tipo de software permite combater as ameaças de segurança.

Salienta ainda que foram detetados quatro casos em que alguém se fez passar por um trabalhador de serviço para obter dados dos clientes. A empresa diz ter um problema de segurança por não ter um mecanismo válido para verificar a autenticidade dos seus trabalhadores.

O que o software da BehavioSec faz é compilar dados biométricos de comportamento para gerar um perfil sobre a forma como uma pessoa escreve ou utiliza o rato no computador. Este não se baseia em informações pessoais de identificação ou outros dados. Esse perfil serve para verificar o trabalhador em questão e garantir de que não se trata de um hacker ou qualquer outra pessoa que tenha comprometido o seu computador.

A preocupação da Amazon diz respeito ao facto dos seus funcionários estarem em teletrabalho, o que aumenta o risco de acesso aos dados. Entre os cenários que a empresa prevê que podem gerar vulnerabilidades, é referido o facto do empregado do serviço de apoio ao cliente se esquecer de trancar o computador quando acaba o expediente e risco de um hipotético colega de quarto aceder a dados da empresa. A empresa estima que este tipo de software venha a reduzir o acesso interdito de terceiros em 100%, durante 2022.