Depois de cortar alguns dos seus serviços em território russo, a Apple anunciou a suspensão da venda de produtos no país. As exportações foram igualmente suspensas na passada semana. Neste momento, ao visitar a loja da Apple Rússia, pode constatar que todos os produtos estão listados como "indisponíveis". Em comunicado, a marca norte-americana sublinha que está "ao lado das pessoas" impactadas pela incursão militar russa e assume juntar-se aos que "clamam por paz".

A empresa informa que esta não é a primeira medida que toma contra a Rússia. Recentemente, a empresa limitou a utilização do Apple Pay no país e retirou da App Store as apps das televisões estatais, RT e Sputnik.

Desde a invasão da Ucrânia, também a Google e a Meta restringiram o acesso aos seus serviços na Rússia. A Apple parece estar igualmente comprometida em sacrificar as vendas de hardware.

As estimativas indicam que a Apple gerou receitas na ordem dos 2,5 mil milhões de dólares na Rússia, em 2020. O valor representa 0,9% do total de vendas da gigante tecnológica naquele ano.

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No atual contexto, a empresa teria pouco a ganhar com o mercado russo. O valor do rublo caiu a pique (atualmente, um rublo russo equivale a menos de um cêntimo de euro) e tornou praticamente impossível a aquisição de produtos Apple para a maioria dos consumidores.

Por outro lado, são cada vez mais os apoios à Ucrânia e hoje, a GSMA, a associação de operadores que organiza o Mobile World Congress em Barcelona, anunciou o programa #UKAid, um fundo com 15,5 milhões de libras, um reforço ao GSMA Mobile for Humanitarian Innovation que já contava com 15 milhões para assistência em crises humanitárias até 2025. Em Portugal a MEO foi a primeira operadora a disponibilizar chamadas gratuitas para a Ucrânia e acesso à Ukrainian TV mas também a NOS, a NOWO e a Vodafone fizeram o mesmo, mantendo estas condições até 15 de março.