As aplicações móveis devem gerar receitas cumulativas de 30 mil milhões de dólares até ao final de 2012, um marco assinalável para um negócio que ainda é relativamente recente. Sem haver referência às receitas geradas em cada ano, há pelo menos uma certeza: entre 2011 e 2012 o dinheiro gerado através das apps teve um crescimento de 100%. E já há quem considere as aplicações móveis como uma das principais indústrias digitais.

Os dados são da consultora ABI Research Mobile que para calcular os valores teve em conta a compra direta de aplicações, a compra de aditivos dentro das aplicações, que é conhecida como in-app purchases, as subscrições feitas e as receitas de publicidade geradas a partir das apps.

"O alto interesse dos consumidores em aplicações tem sido óbvio desde há algum tempo por causa do volume de downloads, mas será 2012 que vai ficar para a história como o ano em que o lado económico do negócio despoletou. Já não estamos a falar de uma corrida ao ouro de curta duração. As aplicações tornaram-se numa das principais indústrias digitais", comentou um dos analistas da ABI Research, Aapo Markkanen.

Apesar de reconhecer à Apple o mérito de ter catalisado esta área de negócio, o analista da consultora destaca em 2012 a performance da Google no campo de vendas das aplicações. Para Aapo Markkanen, a transformação do "desarrumado" Android Market num "polido" Google Play ajudou a própria empresa e o negócio das apps em geral. Os programadores de Android vão ser até ao final de 2012, responsáveis por 33% de todo o dinheiro gerado através de software para dispositivos móveis.

Segundo o TechCrunch, relativamente aos outros dois principais sistemas operativos, o Windows Phone e o BlackBerry OS, apesar de ser pouco claro quem levou vantagem sobre quem, a ABI Research considera que tanto a Microsoft como a RIM conseguiram monetizar os seus ecossistemas de aplicações e que deram a oportunidade a muitos programadores de competirem em mercados menos sobrecarregados.


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