Os investigadores da Check Point Research detetaram ao longo da última semana um aumento significativo de ciberataques provenientes de endereços IP Chineses contra países membros da NATO.
De acordo com os especialistas da empresa de cibersegurança, que avaliaram a tendência antes e depois da invasão da Rússia à Ucrânia, a média de ataques provenientes de endereços de IP Chineses contra redes corporativas em países da NATO foi 116% mais elevada do que antes da invasão e 86% superior às três primeiras semanas de conflito.
Já a nível internacional, média de ataques por organização foi 72% mais elevada do que no período anterior à invasão e 60% superior às três primeiras semanas do conflito entre Rússia e Ucrânia.
Como explica Omer Dembinsky, Data Group Manager na Check Point Software, os investigadores têm se mantido atentos a estes ciberataques à medida que a guerra na Ucrânia se intensifica.
O responsável detalha, no entanto, que não é possível atribuir a tendência a entidades chinesas, pois “é muito difícil de determinar a atribuição em cibersegurança sem mais evidências”. “O que nos é claro é que os hackers estão a usar IPs Chineses para lançar ciberataques globais, especialmente focados em países NATO”.
Segundo Omer Dembinsky, o aumento deste tipo de ataques pode “ter muitos significados”. “Por exemplo, o aumento pode indicar onde é agora mais fácil ou mais barato de implementar e operar um serviço, ou onde é agora mais oportuno esconder a origem real do ataque”, afirma. A tendência poderá “também indicar como o tráfego cibernético global está a ser direcionado neste momento”.
Ainda no contexto da guerra na Ucrânia, o presidente dos Estados Unidos alertou para a escalada de ciberataques provenientes da Rússia, que podem atingir empresas norte americanas e alvos estratégicos, numa forma de retaliação perante a posição dos país e dos seus aliados.
Joe Biden pediu ao setor privado norte-americano, que possui e administra a maior parte das infraestruturas essenciais do país, para agir com urgência no fortalecimento dos respetivos sistemas e mecanismos de segurança.
Por outro lado, a Rússia negou hoje que esteja a preparar ciberataques contra os Estados Unidos em resposta às sanções impostas pelo Ocidente por causa da invasão russa da Ucrânia.
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