De forma a combater a pandemia do coronavírus que se está a alastrar a grande velocidade pelos Estados Unidos, as cidades estão a ser eventualmente monitorizadas por um portal acedido por agentes do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças, assim como autoridades locais e estatais, que começaram a analisar os dados dos cidadãos de certas regiões geográficas para implementar medidas de resposta.
Os smartphones de milhões de cidadãos, em cerca de 500 cidades, estão a ser rastreados para controlo de como estes se movem e espalham o vírus, sendo que os dados são extraídos da indústria de publicidade mobile, segundo adianta o Wall Street Journal. No entanto, estão a ser evitados o acesso a dados sensíveis, como por exemplo, o nome do utilizador do respetivo smartphone. O objetivo é mesmo ajudar a compreender como o COVID-19 se está a espalhar pelo território, incluindo os locais que estão a ser frequentados por maiores multidões, como os parques, que embora tenham avisos não foram fechados, no caso de Nova Iorque.
Outro elemento que as autoridades podem potencialmente ter acesso é o estado de espírito dos cidadãos que estão em isolamento, e como estes se queixam. Por outro lado, a vigilância permite medir o impacto do coronavírus na economia através da observação das lojas de retalho vazias, assim como a diminuição das milhas feitas pelos automóveis.
As autoridades americanas não se pronunciaram sobre a matéria e estas medidas já estão a levantar algumas preocupações aos especialistas de proteção de privacidade. É referido que produtos normalmente apontados como invasores de privacidade estão agora a ser “desculpados” pela pandemia e a serem utilizados como agregadores de dados analíticos, devido à situação de emergência.
Os Governos do Israel, China e Coreia do Sul, e outros pelo mundo, estão a utilizar tecnologia para controlar a expansão do coronavírus. Na China utilizou-se câmaras de vigilância apontadas para as portas de apartamentos que estavam de quarentena para garantir que as pessoas não saíssem de casa. Segundo a CNBC, as organizações de direitos humanos argumentam que muitas destas monitorizações e controlo de dados dos cidadãos que estão a ser feitos poderão depois não desaparecer, após o controlo da pandemia.
É mesmo referido que ao institucionalizar-se estes sistemas intrusivos, sob o teto do coronavírus, torna-os mais aceitáveis pelo público geral. Exemplo disso é a medida que os Estados Unidos implementaram para controlo de atos terroristas do 11 de setembro, o USA Patriot Act, em que a lei de vigilância que era para terminar em 2005, continua a ser renovada até a atualidade.
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