O ataque, que visa instituições financeiras em vários países, é uma "ação de protesto contra os bancos de todo o mundo, que criaram um sistema financeiro corrupto, baseado em dívidas a juros, especulações […] que beneficia uma minoria, mas escraviza o resto da população".



A mensagem pode ler-se num texto publicado no site dos Anonymous Portugal na última quarta-feira com o título: Bancos portugueses chegou a vossa vez. No anúncio explicam-se as razões do ataque e na mesma nota convocavam-se os apoiantes da causa para um encontro virtual na sexta-feira seguinte, dia 9 de agosto.



O encontro terá servido para discutir o tema e os termos do ataque, uma iniciativa conjunta do Anonymous Portugal e do CyberSecPT, outro grupo hacktivista menos mediático que o primeiro.



No Facebook do Anonymous surgiu entretanto a confirmação da operação. "Membros dos Anonymous Portugal começaram um ataque a entidades bancárias não só em Portugal", detalha a publicação". "O leak de emails de várias instituições pode originar futuros ataques de brute force bem como, no mínimo, embaraça os bancos pelas suas vulnerabilidades", continua a nota.



A OpBanksters levou à publicação online de centenas de endereços de emails de várias instituições bancárias. Entre os bancos portugueses, uma notícia do Tugaleaks publicada no mesmo perfil da rede social cita nomes como o Millenniumbcp, BES, Cetelem, SIBS, Banif, entre outros.



O site PasteBin voltou a ser o escolhido pelos hacktivistas para divulgar os dados capturados. Numa pesquisa realizada no site, o TeK encontrou ainda dados publicados relativamente à SIBS, Banif e Montepio, instituições que contactou e que ainda não reagiram ao assunto. As restantes instituições referidas ainda não foi possível apurar se foram efetivamente atacadas.



A listagem de emails publicada para cada uma das instituições está online desde o dia 10 de agosto, num ficheiro identificado com o nome da operação: OpBanksters.



O TeK contactou também o grupo hacktivista para obter mais detalhes sobre o ataque, bem como sobre o número de envolvidos na ação e de membros do grupo em Portugal.



Por email o coletivo explica que não é possível contabilizar o número de colaboradores dos Anonymous no país "já que existem vários grupos a defender e a trabalhar para as causas Anonymous".



No site do grupo, que conta com mais de 33 mil gostos no Facebook está já prometida uma nova ofensiva. Para garantir maior eficácia da operação, os Anonymous, reconhecendo que muitos dos que se disponibilizaram para participar no ataque deste fim de semana não tinham “ainda as skills necessárias para participar numa #op deste género”, os hacktivistas vão partilhar informação que ajude a colmatar a lacuna.

Nota de redação: Foi alterada uma letra maiúscula para letra minúscula no nome do Tugaleaks, o L.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Cristina A. Ferreira