O governo do Bangladesh desligou a internet móvel este domingo, dia 30 de dezembro, para impedir a disseminação de propaganda enganosa e informações falsas. O objetivo desta medida foi proteger os eleitores que se dirigiram às urnas para eleger os deputados que vão compor o novo parlamento do país.
De acordo com o comunicado emitido pela Comissão Reguladora das Telecomunicações do Bangladesh, os dados 3G e 4G foram desligados para "prevenir que rumores influenciassem o voto popular". A medida foi aplicada durante todo o dia 30 de dezembro.
Esta não é a primeira vez que o governo do Bangladesh recorre a esta medida. Em agosto, o executivo também desligou a internet móvel para controlar a violência que se fez sentir nas manifestações organizadas para protestar contra a falta de segurança nas estradas. No entanto, e de acordo com a imprensa internacional, existem suspeitas de que o governo tenha recorrido a esta estratégia para impedir a disseminação de imagens que representassem a carga policial que foi exercida sobre os protestantes. Esta estratégia também foi utilizada em 2015 com o mesmo propósito, mas, dessa vez, as aplicações mensagens foram o único alvo.
Desde as presidenciais norte-americanas de 2016 que a propaganda online é cada vez mais uma preocupação durante os períodos eleitorais. Atualmente, é comum vermos os países prepararem equipas informáticas de monitorização para vigiarem os fluxos de informação online durante o dia do sufrágio, e durante a campanha que o antecede, de forma a que as notícias falsas não impactem o ato. A Austrália é um dos exemplos mais recentes deste fenómeno.
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