São apenas 100 os internautas responsáveis por 30 por cento de todo o conteúdo disponibilizado com recurso ao popular protocolo de troca de ficheiros BitTorrent. A percentagem duplica se olharmos ao conjunto dos 1.000 primeiros bigdownloaders - forma como são chamados - da “lista”. Os dados são de um estudo que mostra também que a privacidade está pouco resguardada nas redes peer-to-peer.

A análise, da responsabilidade do INRIA, instituto francês na área da informática, foi conduzida durante o Verão de 2009 e a partir de uma único computador, que rastreou 148 milhões de endereços IP, que por sua vez descarregaram dois mil milhões de ficheiros.

A par dos “dados estatísticos”, o estudo destaca a pouca protecção da privacidade deste tipo de redes, uma questão importante, tendo em conta que há Governos em vias de aprovarem medidas legislativas que têm em vista a perseguição e corte efectivo do acesso à Internet a quem descarrgue conteúdos protegidos por direitos de autor sem pagar.

A análise, citada pelo El País, revela que metade dos 20 fornecedores principais de contéudos BitTorrent trabalhavam com servidores localizados em França e na Alemanha.

Ao longo dos três meses de monitorização, os investigadores acompanharam o Mininova, o The Pirate Bay e o IsoHunt. O maior fornecedor de conteúdos detectado, denominado “eztv”, disponibilizava uma média de 6,5 novos episódios de séries de TV por dia.

Com o seu trabalho, o INRIA quer chamar a atenção para o facto das autoridades que perseguem o download ilegal insistirem em penalizar os internautas que descarregam os conteúdos no lugar de se concentrarem na minoria que os disponibiliza.