À medida que o mundo enfrenta uma pandemia de COVID-19 que já matou mais de 15.000 pessoas, um grupo de cibercriminosos tentou hackear a Organização Mundial de Saúde (OMS). Embora a identidade dos hackers ainda não seja clara, os especialistas acreditam que se trata de um grupo conhecido como DarkHotel.

De acordo com Alexander Urbelis, perito em cibersegurança do Blackstone Law Group, em declarações à Reuters, os cibercriminosos tentaram roubar as credenciais de acesso de funcionários da OMS ao criar um website falso que imitava o sistema de email interno da organização.

À agencia noticiosa Flavio Aggio, Chief Information Security Officer da OMS, indicou que o número de ciberataques que a organização e outras entidades das Nações Unidas têm vindo a registar duplicou desde que a crise com o COVID-19 começou. O responsável confirmou que houve uma tentativa de roubar informações dos funcionários através do website encontrado por Alexander Urbelis.

Segundo especialistas da Bitdefender e da Kaspersky, o grupo DarkHotel parace estar localizado no leste asiático. Entre os “alvos” dos cibercriminosos estão entidades governamentais e empresas na China, Coreia do Norte, Japão e Estados Unidos. Costin Raiu, responsável pelo departamento de pesquisa e análise da empresa de cibersegurança russa, avança que a estrutura utilizada na tentativa de ataque à OMS já tinha sido anteriormente usada para atacar outras organizações humanitárias.

Os cibercriminosos têm vindo a aproveitar-se das alterações na vida da população devido ao COVID-19 para lançar ataques maliciosos, disseminar informação falsa e até mesmo burlar utilizadores em múltiplas plataformas. Recentemente, a Comissão Europeia anunciou que está a reunir esforços, em parceria com organizações como a Agência Europeia para a Segurança das Redes e da Informação (ENISA), a Europol e a CERT-EU, para garantir que os cidadãos estão protegidos contra as crescentes ciberameaças geradas pela pandemia.

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Em Portugal, a PJ e o CNCS detetaram uma nova onda de esquemas fraudulentos que se tentam aproveitar do pânico de alguns utilizadores em relação à pandemia. As autoridades identificaram desde o início de fevereiro deste ano vários ciberataques que exploram a temática do COVID-19, os quais foram anteriormente identificados por empresas de cibersegurança a nível internacional.

A DECO juntou-se também aos apelos da PJ e do CNCS. A associação alertou o público para a forma como os esquemas fraudulentos, como aplicações que supostamente acompanham a evolução da pandemia ou com mensagens de curas milagrosas para a doença, têm como objetivo aceder aos dados. "A primeira regra é desconfiar, a segunda, proteger-se", refere a DECO.

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