O Clix anunciou hoje que está a realizar uma experiência piloto em parceria com a Optimus que resultará numa nova oferta comercial de banda larga disponível no mercado a partir do 2º semestre.

O ISP da SonaeCom desistiu em Janeiro de operar no mercado de banda larga em protesto contra as condições regulatórias do sector. Já nessa altura a empresa garantia estar a trabalho em soluções que lhe permitissem oferecer o serviço sem recorrer à rede da PT.

O projecto-piloto hoje apresentado faz uso de uma tecnologia assente na rede UMTS da Optimus e permitirá aos utilizadores acederem a banda larga sem fios ou através de um modem (para desktops) ou com recurso a um PC Card para laptops.

Pedro Pina, director geral do Clix, explicou que o modelo de negócio para disponibilização comercial do serviço não está ainda definido e depende dos resultados apurados no piloto que vai decorrer em várias zonas do país entre Março e o final do primeiro semestre do ano. A SonaeCom está a testar esta tecnologia há cerca de um ano e meio sendo que numa primeira fase contava usá-la apenas para a Internet móvel.

O director geral do ISP do grupo SonaeCom mostrou mais uma vez a sua indignação referindo-se ao modelo de negócio grossista de ADSL e sublinhou que esta apresentação revela que a SonaeCom “está disposta a gastar dinheiro, tempo e pessoas para encontrar alternativas e poder estar na banda larga. O ISP acredita ter capacidade de captar 30% do mercado de banda larga, a mesma fatia que afirma que lhe cabe na banda estreita.

O Clix reiterou ainda que está também a trabalhar com a Novis na construção de uma oferta de Banda Larga baseada no lacete local desagregado.

Aproveitando a presença em Portugal do Comissário Europeu Erkki Liikanen, Paulo Azevedo, presidente da SonaeCom, manteve hoje um encontro com o responsável europeu para a política da Sociedade da Informação e Empresas. Segundo fontes do operador, o objectivo é transmitir a preocupação que o alargamento traz em relação à possibilidade de Portugal se tornar um país ainda mais periférico, perdendo poder negocial junto da CE para a intervenção da comissão em questões de regulação.

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