A informação foi adiantada ao site de notícias norte-americano Axios. “Sempre acreditamos que os norte-americanos deveriam poder ouvir as pessoas que querem liderar o país. Não queremos atrapalhar isso”, disse Clegg.
A decisão estabelece um novo precedente para forma como a Meta expõe os líderes mundiais, podendo influenciar as eleições presidenciais de 2024 nos Estados Unidos. O Facebook, como outras redes sociais, suspendeu Trump após o ataque ao Capitólio norte-americano, a 06 de janeiro de 2021, por quebrar as regras e incitar à violência.
“Simplesmente não queremos – se ele voltar aos nossos serviços – que faça o que fez em 06 de janeiro [de 2021], que é usar os nossos serviços para deslegitimar as eleições de 2024, assim como tentou desacreditar as eleições de 2020”, indicou o antigo primeiro-ministro adjunto do Reino Unido.
No entanto, as contas de Trump não vão ser reativas imediatamente, porque os engenheiros da Meta vão precisar de tempo para desenvolver algumas novas funcionalidades necessárias para restringir algumas publicações ou recursos de anúncios no futuro, se necessário.
Trump estará sujeito a novas políticas sobre restrição de contas de figuras públicas durante manifestações civis. A Meta poderá suspender a conta de uma figura pública que viole os padrões da comunidade por um período que varia de um mês a dois anos.
Violações mais graves vão merecer uma restrição de criação de conteúdo por seis ou 12 meses ou uma restrição total da conta por dois anos, se for grave. “Se ele publicar agora mais conteúdo de violação, esse conteúdo será removido, é claro, e ele poderá ser suspenso por um mês a dois anos, dependendo da gravidade da violação”, salientou Clegg.
O presidente dos assuntos globais disse ainda que a empresa vai ter o poder de agir e pode impor diferentes tipos de proteção, incluindo limitar a distribuição de publicações se as remover ou suspender temporariamente o acesso às suas ferramentas de publicidade. “Referência indiretas ao conteúdo do QAnon, por exemplo”, observou.
Clegg afirmou que a Meta não falou com Trump ou com qualquer um dos seus representantes antes de tomar a decisão e não sabe se o ex-Presidente dos Estados Unidos planeia usar as contas depois de serem reativadas.
“A empresa estará sempre disponível para explicar e enfatizar as políticas que estabelecemos. (…) Acho que ajudaria se a equipa de Donald Trump estivesse tão bem informada quanto possível sobre onde essas linhas são traçadas e como essas barreiras vão funcionar”, disse Clegg.
A reativação das contes de Trump vai permitir que veicule novamente informações através das suas páginas do Facebook e do Instagram, que têm 34 milhões e 23 milhões de seguidores, respetivamente.
Donald Trump já foi readmitido no Twitter a 19 de novembro de 2022, quatro dias depois de ter declarado a sua candidatura às eleições presidenciais de 2024, mas ainda não fez nenhuma publicação. Na semana passada, o ex-chefe de Estado havia pedido oficialmente que lhe fosse permitido regressar ao Facebook.
O advogado Scott Gast enviou uma carta ao fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, pedindo-lhe “uma reunião para discutir a rápida readmissão” naquela rede social. “Nós acreditamos que a suspensão da conta do Facebook do Presidente Trump distorceu radicalmente e restringiu o debate público”, pode ler-se na missiva datada de 17 de janeiro.
Pergunta do Dia
Em destaque
-
Multimédia
Fortnite toma de assalto Counter-Strike 2 e Valorant com o novo modo Ballistic -
App do dia
Nintendo Music traz 40 anos de bandas sonoras dos jogos para o smartphone -
Site do dia
Europa Clipper inspira nova banda desenhada sobre astrobiologia da NASA -
How to TEK
Mude o assistente do Waze para a vozes do Venom e Eddie Brock
Comentários