O foco deste ano dos produtos de segurança informática da Kaspersky recai sobre o ransomware e sobre as ameaças associadas à conexão às redes públicas de internet sem fios. José Selvi, investigador sénior de cibersegurança na Kaspersky Lab, disse ao TeK que os ransomware (técnicas de malware que procuram codificar os dados numa rede e exigem um resgate para os recuperar) são cada vez mais frequentes e são um género de ameaças para os quais empresas e consumidores têm de estar igualmente alerta.

As novas versões do Kaspersky Internet Security e do Kaspersky Total Security abrangem os sistemas operativos Android, iOS e Windows e foram concebidos com a intenção de escudar o utilizador face a um mundo digital onde as ameaças são cada vez mais prolíficas.

Estas soluções vêm munidas de novas funcionalidades e de capacidades reforçadas que procuram ajudar o utilizador a navegar de forma mais segura na Grande Rede.

Uma das novidades é o Secure Connection, que pretende evitar que o utilizador seja vítima de um ciberataque quando está conectado a redes pouco seguras, como por exemplo, as redes Wi-Fi de acesso público.

Outra funcionalidade estreante nestes produtos da Kaspersky é o Software Updater, que analisa todas as aplicações contidas num dispositivo e deteta as que estão desatualizadas. Mediante este exame, o programa, através do consentimento do utilizador, efetua as devidas atualizações, provenientes dos sites oficiais.

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Por seu lado, o Software Cleaner, outra das adições, notifica o utilizador quando uma aplicação foi instalada sem o devido autorização. Além disso, fornece também informações acerca da frequência de utilização da app bem como sobre o seu impacto no desempenho do dispositivo.

Com estes dados em mãos, o utilizador poderá decidir se quer ou não eliminar determinada aplicação.

Uma outra linha de ação dos novos produtos da Kaspersky prende-se com a protecção infantil na internet. Os membros das gerações mais recentes nascem já imersos num mundo digital repleto de vantagens, mas também pejado de ameaças.

Tendo isto em mente, as novas soluções incluem uma funcionalidade chamada Safe Kids, que pretende proteger as crianças relativamente a conteúdos potencialmente nocivos, para além de permitir o armazenamento de palavras-passe bem como fazer cópias de segurança encriptadas para assegurar a integridade de dados importantes e privados.

Pedro Garía-Villacanãs, diretor técnico da Kaspersky Lab Ibéria, referiu que 35% das crianças não quer abrir mão da utilização das redes sociais. Cerca de um terço delas mente sobre a idade e uma em cada dez diz ter mais idade do que realmente tem.

Ainda, 33% das “crianças digitais” partilha informações sensíveis via online.

García-Villacañas afirmou que é crucial consciencializar os educandos e as próprias crianças para os perigos que se escondem no universo online. Ele disse que é preciso “dar o exemplo” às novas gerações.

Ao lado destas novidades, surgem funcionalidades que já estavam presentesem versões anteriores destes produtos mas que aparecem agora fortalecidas.

Essa funcionallidades são o Safe Money, para transações financeiras mais seguras, o Application Manager, para que não sejam instaladas apps sem o utilizador dar luz verde, e o Anti-Banner, para o bloqueio de anúncios em motores de busca.

Um estudo realizado pela empresa de cibersegurança russa indica que 42% dos utilizadores se ligam a redes Wi-Fi públicas. Estas práticas expõem os utilizadores a um amplo conjunto de programas maliciosos que procuram explorar as vulnerabilidades dos dispositivos e aceder a dados privados.

Os utilizadores não devem realizar operações financeiras quando estão ligados a redes públicas de internet remota, evitando expor-se desnecessariamente a perigos informáticos, disse Pedro García-Villacañas.

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A atualização do software dos dispositivos é uma das traves mestras da ciberproteção. O responsável da Kaspersky afirmou que manter o dispositivo “up to date” é o primeiro passo para aumentar as defesas informáticas.

Os esquemas de phishing são também uma das técnicas mais comummente usadas no meio da cibercriminalidade. García-Villacañas disse que clicar em hiperligações cuja origem se desconheça é meio caminho andado para se cair na "rede" do ransomware.