![Dia da Internet mais segura: IA continua a redefinir os riscos online com novas preocupações para jovens e pais](/assets/img/blank.png)
Na data em que se assinala o Dia da Internet mais segura, dados do relatório Online Safety Survey 2025 da Microsoft, que inquiriu mais de 14.800 pais, jovens e adultos em 15 países, revelam que 66% dos participantes experienciaram pelo menos um risco online no último ano.
O valor representa uma ligeira diminuição em comparação com o ano passado, no entanto, o crescimento na adoção de IA generativa e os desafios que a tecnologia traz para a segurança continuam a redefinir as preocupações e riscos no mundo online.
Entre os principais riscos que os jovens enfrentam destacam-se a desinformação (49%); riscos pessoais (47%), como discurso de ódio, cyberbullying, assédio e abuso, assim como ameaças de violência; e conteúdo violento (37%), incluindo violência gráfica e conteúdo terrorista e extremista.
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Olhando para a exposição ao risco, o relatório detalha que o “fosso” entre rapazes e raparigas diminuiu em várias categorias. Porém, as raparigas continuam a estar mais expostas a riscos sexuais (30% vs. 20% no caso dos rapazes).
De acordo com os dados partilhados pela Microsoft, as preocupações dos jovens registaram uma diminuição em várias áreas. Entre elas destacam-se as preocupações face ao cyberbullying, assédio e abuso, que desceram 4 pontos percentuais (p.p.) para 37%; às ameaças de violência, que desceram 2 p.p., para 26%); e à exploração sexual de crianças, que caíram 4 p.p., para 24%.
Entre os jovens, as respostas mais comuns a qualquer tipo de risco são as medidas de proteção (74%), como bloquear, remover da lista de amigos ou fechar a conta numa plataforma online, e falar com alguém (66%).
Apenas 37% reportam qualquer tipo de risco. Segundo os dados, 46% dos jovens que não reportam riscos acreditam que a prática não faria qualquer diferença e 23% sentem que tal não implicaria quaisquer consequências para os agressores.
O comportamento dos jovens perante os riscos é geralmente reativo, mas há uma crescente tendência no que respeita a pedir apoio aos pais, aponta o relatório.
Os pais estão também a ganhar uma maior percepção dos riscos que os jovens enfrentam online. No entanto, apenas 41% dos pais afirmam estar preparados para conversarem com os seus filhos sobre o tema, seja porque não se sentem preparados ou porque não têm a certeza se os jovens os abordaram primeiro acerca do assunto.
IA generativa: Entusiasmo, perigos e novas preocupações
A familiaridade com a IA generativa e o uso da tecnologia aumentaram significativamente, aponta o relatório. 27% dos participantes dizem estar familiarizados com a IA generativa (mais 7 p.p. face a 2023) e 51% afirmam já ter usado (mais 12 p.p.). Além disso, 44% dos inquiridos indicam que usam a tecnologia semanalmente (mais 10 p.p.).
Apesar do entusiasmo em torno das novas possibilidades que a IA generativa traz, existem preocupações, em particular, quanto ao uso da tecnologia em fraudes ou em casos de abuso online e sexual (73% para ambos); às deepfakes (72%) e aos riscos de privacidade dos dados (65%).
Se, por um lado, os jovens mostram interesse em querer aceder a várias funcionalidades de IA, mesmo em idades mais “precoces”, por outro, os pais preocupam-se mais sobre os riscos que a tecnologia pode acarretar para os adolescentes.
Em vários casos, mais de 80% dos adultos mostraram algum nível de preocupação quanto ao uso de IA pelos jovens. Por exemplo, 82% dos adultos afirmam ter preocupações relativamente à criação de deepfakes de amigos ou colegas de escola e 81% têm receios quanto ao acesso a conteúdo prejudicial.
O relatório destaca que, como os participantes ainda não têm muita experiência com a tecnologia, as suas percepções e atitudes ainda estão em desenvolvimento.
A maioria reconhece, por exemplo, os perigos associados às deepfakes em áreas como a criação de conteúdo sexualmente explícito sem consentimento ou de desinformação política. Porém, os participantes também mostram dificuldade em perceber quais seriam as medidas de segurança mais eficazes para lidar com o problema.
Embora 46% dos inquiridos afirmem que conseguem diferenciar entre imagens reais e manipuladas com IA, num teste para pôr à prova as suas capacidades, apenas 38% o conseguiram realmente fazer. No teste, os jovens com idades entre os 18 e os 24 apresentaram um desempenho ligeiramente melhor em comparação com outras faixas etárias.
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