As receitas de música digital aumentaram 8% em 2011, para um total de 5,2 mil milhões de dólares, revelando um aumento expressivo das vendas de temas e de álbuns, 11 e 24% respetivamente. Globalmente, 32% da faturação do sector já é assegurada pelo mercado da música digital.



Nos Estados Unidos, o maior mercado de música do mundo, os suportes digitais ultrapassaram os suportes tradicionais, revelam dados hoje divulgados pela International Federation of the Phonographic Industry.



O número de pessoas que subscrevem serviços de música aumentou para 13,4 milhões, um crescimento (de 65%) que não será alheio à maior disponibilidade de serviços de música online como o iTunes, Spotify, ou Deezer, que em janeiro de 2011 estavam previstos em 23 países e no final do ano chegavam já a 58 geografias.



O setor da música no seu todo perdeu 3% para um volume total de faturação de 16,2 mil milhões de dólares, uma queda ainda assim menor que a registada no ano antes quando o mercado caiu 8%.
"À medida que avançamos em 2012 há boas razões para estarmos otimistas no mundo da música digital. Os serviços legais ganharam audiência e expandiram-se pelo mundo, revolucionando as escolhas dos consumidores", defende Frances Moore CEO da IFPI.



Os números mostram ainda que o líder das vendas de música online em 2011 foi Bruno Mars, que colocou dois temas nas duas primeiras posições do ranking elaborado pela associação. Na terceira posição ficou LMFO, com Party Rock Anthem. Jennifer Lopez e Adele fecham o Top 5.



Os dados da IFPI também revelam que 28% dos utilizadores de Internet acedem a serviços de música não autorizados. Cerca de metade destes utilizam serviços peer-to-peer, os restantes recorrem a plataformas de outro género. Na Europa o relatório apura que serão cerca de 27% os utilizadores que acedem pelo menos uma vez por mês a serviços de música não legais.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Cristina A. Ferreira