O caso continua a dar que falar e a cada dia que passa surgem novos relatos sobre Edward Snowden, o homem que denunciou os programas secretos de vigilância da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos da América (NSA). O ex-consultor da CIA terá aceitado o trabalho na Booz Allen Hamilton, uma firma de consultoria tecnológica, para ter acesso a provas sobre o PRISM.

Terá sido o próprio Edward Snowden a admitir que o objetivo pelo qual aceitou o trabalho foi sempre o de reunir provas sobre os programas secretos da NSA. O relato é avançado pelo South China Morning Post e está a ser citado na imprensa norte-americana, como no The Huffington Post.

O norte-americano terá aceitado inclusive uma redução no salário, já que outras empresas estavam dispostas a pagar-lhe mais, para poder ter acesso à lista de computadores e telemóveis controlados pela NSA. Ao revelar a premeditação dos planos, Edward Snowden acaba por dar alguma razão às acusações dos EUA, que consideram o indivíduo como um espião.

A publicação da notícia pelo diário chinês acontece dois dias depois de Snowden ter supostamente abandonado o país, tendo como destino Moscovo. O paradeiro do informático é desconhecido mas durante o dia de ontem, 24 de junho, Julian Assange da Wikileaks garantiu que o ex-consultor da CIA está são e salvo.

A imprensa internacional escreve ainda que Edward Snowden tem mais documentos e revelações para fazer, mas toda a informação precisa de ser analisada primeiro pelo informático antes de ser divulgada publicamente.

Os últimos relatos dão ainda conta de que os EUA estão a fazer pressão diplomática junto da China e da Rússia por terem facilitado - ou estarem a facilitar - a fuga do "bufo" do PRISM. O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, considera dececionante a ação dos dois países e avisa que a atitude terá consequências.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico