O painel trimestral da Unicre/Vector21 apurou que 51,2 por cento dos consumidores que afirmaram ter feito compras online no período em análise - terceiro trimestre de 2004 - admitem ter sido motivados por contactos de lojas online onde estão registados, efectuados através de um simples email, de uma newsletter ou de um catálogo online. Este veículo de informação torna-se tanto mais importante se se considerar que 70,9 por cento assinam uma newsletter ou catálogo electrónico.



O documento refere uma reacção igualmente positiva a contactos originados por sites nos quais o utilizador não tem registo, conforme admitiram 10 por cento dos inquiridos que assumem ter iniciado um processo de compra online a partir de uma mensagem de correio não solicitada.



O estudo demonstra ainda que a Internet se assume cada vez mais como um veículo de divulgação gerador de compras no mundo offline. Para 52,3 por cento dos inquiridos pela Unicre, a Internet é um recurso utilizado com muita frequência - através de sites ou lojas online - para obter informação sobre produtos que posteriormente vêm a comprar offline.



Uma percentagem um pouco menor de inquiridos (31,4 por cento) garantem utilizar esta fonte de informação com alguma frequência e apenas 1,2 por cento assegura nunca recorrer à Internet para realizar este tipo de consulta.



Um quarto dos inquiridos diz mesmo que a recepção de informação por parte de um site onde se encontram registados já motivou uma deslocação à loja física para adquirir o produto ali anunciado.




Consumidores gastam trimestralmente 625 euros em compras online


Neste período de análise o número de compradores online aumentou passando de 43,8 por cento do painel para 52,3 por cento, assim como o montante médio gasto que cresceu 54,3 por cento fixando-se nos 625 euros no total do trimestre.



Pelo contrário, regista-se ainda uma diminuição do peso médio das compras realizadas em lojas nacionais, comparativamente ao montante total gasto. Este indicador passou de 68 por cento no trimestre anterior para 59 por cento, isto embora os compradores online garantam não excluir as lojas nacionais (apenas 6,7 por cento dos inquiridos garantem só comprar em lojas estrangeiras).



No que respeita aos meios de pagamento utilizado, o cartão de crédito mantém-se na liderança de preferências. Também a lista de produtos mais procurados pelo painel apresenta a composição tradicional com os livros, os produtos informáticos e as reservas de viagens a ocuparem o top3.



Durante o período em análise os homens foram quem mais comprou online, na sua maioria com idades compreendidas entre os 30 a 39 anos, quadros superiores.



A generalidade dos internautas está satisfeita com os serviços prestados pelas lojas online e a totalidade dos que compram garantem que os produtos correspondem às suas expectativas.



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