As empresas portuguesas são das que mais recorrem à Internet para interagir com a Administração Pública, tanto para solicitar informações como para submeter pedidos ou preencher formulários necessários às atividades que desempenham, por exemplo.

Em matéria de e-government (interação com organismos públicos), cerca de 83% das empresas nacionais já recorrem à Web para consultar informações presentes nos sites das entidades públicas e 79% utilizam mesmo a Internet para enviar formulários e dar seguimento a processos e requerimentos.

Os números ficam acima da média europeia, que se situa nos 74% para o recurso aos sites de entidades públicas para consulta de informação e nos 69% no que respeita à utilização da Net para submeter formulários eletrónicos.

A conclusão é apresentada num relatório do Eurostat sobre a utilização da Internet pelas empresas em 2011, hoje divulgado pela Comissão Europeia.

As empresas nacionais saem-se menos bem no que respeita a assegurar a própria presença online e tirar partido da plataforma para interagir com os clientes. Embora mais de metade (54%) das organizações tenham site, apenas 9% dão a possibilidade aos utilizadores de recorrerem às páginas para fazer compras ou reservas, por exemplo.

Refira-se, a título de comparação, que à data da recolha dos dados (janeiro de 2011), 69% das empresas da UE asseguravam a sua presença online através de um site e 17% permitiam que os clientes recorressem ao mesmo para fazer compras e reservas.

No que respeita ao acesso à Internet, 95% das organizações recorrem atualmente à Internet, 87% das quais contam com ligações a partir da rede fixa. Portugal surge alinhado com a média europeia na utilização da Internet, mas com uma percentagem ligeiramente inferior de acessos de banda larga fixa: 83%.

Merece ainda destaque o crescimento verificado no número de acessos de banda larga móvel. Se em 2010 a percentagem de empresas com acesso móvel à Net era de 27%, no início de 2011 já tinha aumentado para os 47%.Tendência semelhante se verifica em território português, onde a percentagem de empresas com Internet móvel passou de 25% o ano passado para 39% no início deste ano.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Joana M. Fernandes