Está disponível a partir de hoje um novo serviço de música lançado em simultâneo para os 25 países da União Europeia. O eMusic pretende assumir-se na Europa como a primeira alternativa ao iTunes, embora a sua oferta tenha contornos ligeiramente diferenciados do serviço da Apple.



O catálogo do serviço aposta sobretudo nas áreas da música clássica e do Jazz abrangendo um público tipicamente mais velho que o público-alvo do iTunes e deixa de fora as quatro principais editoras discográficas do mercado. Mesmo assim, o serviço reúne uma oferta de 1,7 milhões de músicas de 8.500 editoras independentes.



Em contrapartida, não partilha as restrições impostas pelo iTunes que só funciona em leitores de música da Apple, os iPod, sendo compatível com qualquer equipamento que suporte MP3 e dá ao utilizador plenos direitos sobre as músicas adquiridas.



Citados pela Reuters, os responsáveis pelo serviço garantem que mantêm negociações com a Vivendi Universal Music, a Sony BMG, a EMI e a Warner Music mas acrescentam que enquanto as editoras não aceitarem distribuir música no formato MP3 não haverá acordo.



Mesmo assim, a eMusic já angariou 13 por cento do mercado americano, uma proeza que pretende repetir na Europa onde assinala o lançamento com a oferta de 25 downloads. De sublinhar que o iTunes controla 60 por cento do mercado, uma quota que se tem ajustado à entrada de um número cada vez maior de players no mercado mas que continua a garantir liderança incontestável.



O novo serviço tem um modelo de subscrição para downloads por volume segundo o qual 40 faixas de música custam 12,99 euros e 90 faixas 20,99 euros. Já no próximo ano, Alemanha, França, Itália e Espanha vão contar com edições localizadas do serviço que passa a estar disponível nas respectivas línguas dos países.



A questão dos direitos de autor está a ser contornada pelo grupo através de um acordo com a Buma/Stemra, sociedade holandesa gestora de direitos de autor. Nos termos deste acordo a eMusic pode operar em todos os países da Europa acertando contas com uma única entidade que assume aqui o lugar de interlocutor privilegiado.



O mecanismo é aliás o apoiado pela Comissão Europeia que defende a criação de uma licença única europeia para a música digital.



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