"Em proveito do que se tornou um padrão de censura de longa data, o Governo iraniano encerrou em larga escala a Internet, mais uma vez, para a maioria dos seus 84 milhões de cidadãos", afirmou o Departamento de Estado norte-americano em comunicado.

Na nota, Washington anunciou a adesão à declaração conjunta de consenso da Coligação de Liberdade Online sobre as limitações da Internet no Irão.

"Nós, os membros da Coligação de Liberdade Online, estamos profundamente alarmados e condenamos veementemente as medidas tomadas pelo Irão para restringir o acesso à Internet após os protestos nacionais pelo trágico assassínio de Mahsa Amini", salientou.

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Os Estados Unidos denunciaram o "corte" de dados móveis, a interrupção de redes sociais, a "estrangulação" do serviço de Internet, o bloqueio de utilizadores individuais e serviços DNS (Sistema de Nomes de Domínios, em português) criptografados.

"Ao bloquear, filtrar ou encerrar esses serviços, o Governo iraniano está a banir o direito de reunião pacífica e as liberdades de associação e expressão", realçou o Departamento de Estado norte-americano, reforçando o apelo para que as restrições sejam suspensas.

Washington disse ainda que, no futuro, as autoridades iranianas devem se "abster de impor cortes parciais ou totais da Internet" e que "respeitem as obrigações internacionais de direitos humanos do Irão".

"Continuamos solidários com o povo iraniano na sua vontade para exercer os seus direitos à liberdade de opinião e expressão, tanto online quanto offline", refere o Departamento de Estado norte-americano.