Os Estados Unidos apelaram quinta-feira ao Irão para que “suspenda imediatamente” as restrições ao acesso à Internet no país, condenando as medidas tomadas pelo Executivo de Ebrahim Raisi em resposta às manifestações nacionais.
Os investigadores da Check Point Research que grupos de hackers estão a permitir que as pessoas no Irão comuniquem entre si, partilhando notícias sobre o que se passa em diferentes locais, que é o que o governo está a tentar fazer para responder aos protestos após a morte de Masha Amini.
O Irão acusou os Estados Unidos de tentarem violar a sua soberania depois de Washington ter autorizado empresas tecnológicas a expandirem os serviços no país em resposta às restrições da Internet para refrear os protestos, que provocaram 50 mortos.
Os serviços de informações dos EUA estão preocupados com a “forte probabilidade” de interferência da Rússia, China e Irão nas próximas eleições intercalares norte-americanas e especialistas acreditam no cenário de uma ação concertada.
O Irão poderá lançar um novo foguetão para colocar satélites no espaço. As imagens captadas pelo satélite da Maxar Technologies mostram a plataforma de lançamento no Porto Espacial Imam Khomeini, na província rural de Semnan.
O Irão é um dos 21 países onde o acesso online está fortemente condicionado por decisões governamentais. O bloqueio agora aplicado não é inédito, uma vez que vários regimes repressivos à volta do mundo têm vindo a tomar medidas semelhantes.
O grupo de hackers chamado Phosphorous tentou aceder a 241 contas de email. O governo iraniano já reagiu à acusação, indicando que vai tomar uma ação legal contra os Estados Unidos.