O relatório anual da empresa de segurança Internet Sophos indica que 42 por cento do total de mensagens de spam que circularam durante este ano em todo o mundo tiveram origem nos Estados Unidos. A Coreia do Sul (13,4 %) e a China (8,4 %) surgem respectivamente em segundo e terceiro lugar da tabela, mas juntas somam apenas cerca de metade de todo o spam produzido nos EUA.




Para a Sophos os resultados são um sinal claro de que o Can-Spam Act, a legislação anti-spam que os Estados Unidos fizeram aprovar, não está a produzir os resultados esperados. "Quando lançámos o nosso primeiro relatório, em Fevereiro, os Estados Unidos desculparam-se afirmando que o Can-Spam Act tinha apenas três meses de existência. Quase um ano passado e milhões de mensagens de spam depois tornam evidente que a legislação fez muito pouco pelo desincentivo desta prática", salientou Graham Cluley, consultor da Sophos, citado pela C/Net.




Na sua análise a empresa conclui igualmente que os índices de spam na Coreia do Sul e na China são elevados devido à utilização da banda larga e à quantidade enorme de computadores infectados com mailware - software instalado sem a autorização do utilizador que faz spamming em larga escala.




O consultor da Sophos explicou que é bastante provável que muitos dos computadores que enviam spam tenham as suas ligações de acesso em banda larga exploradas por hackers. "Os chamados computadores "zombie" - máquinas que foram comprometidas por hackers ou programadores de vírus - estão a enviar aproximadamente 40 por cento do spam que circula no mundo, e muitos dos utilizadores que são vítimas não fazem ideia disso".





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