EUA aumentam escrutínio à proposta de 2,1 mil milhões de dólares da Google para comprar a Fitbit

Os resultados do escrutínio à proposta de compra da Fitbit poderão ter um impacto na atual investigação antitrust do Supremo Tribunal norte-americano à Google. Em questão está a forma como as empresas fazem uso dos dados pessoais recolhidos.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos vai aumentar o escrutínio à proposta de 2,1 mil milhões de dólares da Google para comprar a Fitbit. Em questão está a forma como as empresas fazem uso dos dados pessoais recolhidos. A oficialização da compra daria à Google acesso à base de dados de utilizadores de 28 milhões de utilizadores da Fitbit. Embora a gigante tecnológica afirme que apenas os utilizará para fins legítimos, muitas questões ainda intrigam o Departamento de Justiça norte-americano.

O The New York Post avança que é possível que, caso o acordo seja aprovado, a Google tenha de fazer determinados compromissos em relação à forma como recolhe e usa das informações dos utilizadores. Os resultados do escrutínio  à proposta de compra da Fitbit poderão ter um impacto na atual investigação antitrust do Supremo Tribunal norte-americano à Google.

Em fevereiro, o Comité Europeu para a Proteção de Dados considerou que a aquisição de 2,1 mil milhões de dólares da Fitbit pela Google poderá apresentar graves riscos para a privacidade dos utilizadores na Europa.

A entidade sublinhou que a recolha e tratamento dos dados por parte de uma grande empresa tecnológica como a Google é incompatível com o "direito fundamental à privacidade". O Comité alertou a Google e a Fitbit para as suas obrigações no território europeu, lembrando a necessidade de seguirem as normas do Regulamento Geral de Proteção de Dados e de notificar a Comissão Europeia das suas intenções.

Em resposta à posição do Comité Europeu para a Proteção de Dados a Google afirmou que o objetivo da aquisição da Fitbit é apenas ajudá-la no processo de desenvolvimento de wearables. “A proteção das informações dos utilizadores é essencial àquilo que fazemos”, indicou uma porta-voz em comunicado à imprensa internacional, acrescentando que a empresa ia continuar a trabalhar com reguladores para garantir que todas as suas questões sejam esclarecidas.