A Câmara dos Representantes dos EUA reprovou uma emenda legislativa que estava em discussão e que previa a limitação dos poderes da Agência Nacional de Segurança (NSA), a mesma organização que esteve na origem do escândalo de espionagem revelado por Edward Snowden.
Da votação realizada ontem, 24 de julho, destaca-se a margem curta pela qual a reforma foi reprovada: 205 votos a favor e 217 contra a limitação da NSA no acesso aos registos telefónicos dos norte-americanos. Bastava que as intenções de voto de sete congressistas tivessem sido diferentes para ser aprovada uma reforma no sistema de atuação da agência de inteligência.
Os resultados estão a ser interpretados como um sinal claro de que os programas de espionagem já não são bem tolerados por todos os congressistas norte-americanos, nem mesmo com a justificação de defesa dos interesses e segurança do país.
Elaborada pelo membro do partido republicano Justin Amash, a emenda previa ainda que o Tribunal dos Serviços de Vigilância e Inteligência tornasse públicos os resumos das decisões que toma. É este tribunal que aceita ou rejeita os pedidos de espionagem com base em pressupostos apresentados pelos serviços secretos.
O tema foi de tal forma sensível e moveu de tal forma influências que a própria Casa Branca emitiu um comunicado de "divulgação imediata" - isto na noite de terça-feira, 23 de julho -, para que a Casa dos Representantes rejeitasse a emenda, evocando mais tempo para refletir sobre novas formas e ferramentas para garantir a segurança do país.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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