A Comissão Europeia vai investir 10 milhões de euros para fomentar o desenvolvimento da computação na nuvem entre os países da União Europeia, anunciou a vice-presidente do Executivo, Neelie Kroes.

O valor daquele que será o fundo inicial para colocar em marcha a estratégia europeia em matéria de cloud computing foi revelado ontem, durante a intervenção da responsável no fórum mundial de Davos, na Suíça.

A intenção de desenvolver uma Estratégia Europeia para a Computação na Nuvem tinha sido anunciada há cerca de um ano, sendo encarada como um passo fundamental para "fomentar o desenvolvimento das empresas, reduzir custos para todos e ajudar a Europa resolver os seus problemas com os direitos de autor e a pirataria".

"Esta será a maior e mais sofisticada parceria do género no mundo", promete o executivo.

Durante o seu discurso, Neelie Kroes afirmou que "a computação na nuvem vai mudar a nossa economia", salientando que o cloud computing pode trazer benefícios significativos ao nível da produtividade, tanto das pequenas empresas como dos particulares.

Entre as vantagens apontadas pela comissária aos serviços baseados na Web encontram-se a segurança, escalabilidade, flexibilidade e os menores custos.

Com vista a acelerar a adoção e desenvolvimento do cloud computing na Europa e responder às preocupações dos destinatários - como as manifestadas durante uma consulta pública lançada em maio-, serão tomadas medidas para assegurar os direitos de quem contrata estes serviços e a proteção dos dados das empresas, avançou a responsável.

"As novas regras para a proteção de dados propostas pela Comissão, que também se aplicam à informação na nuvem, constituem um começo, mas podemos fazer mais", afirmou Neelie Kroes, nomeando o setor público como a primeira aposta para adoção do cloud computing - para que este estimule o restante mercado.

Numa primeira fase, a parceria fomentada pela Comissão vai desenvolver requisitos comuns para a compra de soluções na cloud, para isso vai basear-se nos standards, garantir a segurança e a concorrência, evitando o lock-in.

Posteriormente consistirá na apresentação de provas de conceito de soluções que respeitem esses requisitos, estando as autoridades em conversações com potenciais parceiros.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Joana M. Fernandes