O Facebook vai desativar na Europa o sistema de sugestão de etiquetas para fotografias, baseado no reconhecimento facial das imagens carregadas pelo utilizador. A medida visa garantir que a empresa cumpre com as limitações impostas pela legislação regional da privacidade e reage às conclusões negativas de um estudo conduzido pelo organismo irlandês para a proteção de dados.



A funcionalidade de reconhecimento facial de amigos de um utilizador nas fotografias carregadas, e posterior sugestão de nomes, é polémica desde o lançamento, já que identifica utilizadores sem autorização prévia.



A rede social decidiu agora que deixará de continuar a oferecer a possibilidade na Europa, ainda que o relatório das autoridades irlandesas não impusessem a suspensão. Num comunicado, a empresa sublinha o empenho em cumprir as leis europeias e manter uma postura de colaboração com as entidades que monitorizam as questões da proteção de dados.



O relatório, para já, sugeria apenas um conjunto de medidas que alteravam alguns aspetos do serviço. A empresa opta por eliminar mesmo as funcionalidades relacionadas com a identificação de pessoas mediante reconhecimento facial, até 15 de outubro.



Soube-se em junho do ano passado que a funcionalidade de identificação de contactos em fotos, por via de reconhecimento facial, estava a ser investigada pelas autoridades europeias que não viam com bons olhos o carácter automático do serviço, sem qualquer pedido de autorização prévia aos visados.



"A identificação de pessoas nas fotografias só deveria acontecer com o seu consentimento prévio e não pode estar ativa de origem", consideravam os reguladores na altura.



Desde o arranque que a funcionalidade de identificação de fotos pode ser desligada, mas por defeito estava ativa e o seu desligamento implicava alterar definições de privacidade.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Cristina A. Ferreira