Dados pessoais de mais de 7,7 mil militantes da distrital de Lisboa do PSD foram divulgados online, avança hoje o Diário de Notícias. A informação consta de um caderno eleitoral de 2010 e inclui moradas, email, números de telefone fixos e móveis de militante, incluindo o primeiro-ministro e outros dirigentes do partido.

A informação foi confirmada à Lusa pelo presidente da distrital de Lisboa, Miguel Pinto Luz, que admite que poderá “ter havido negligência de alguém do partido ou então há um hacker”. O PSD já instaurou um inquérito interno e admite avançar com uma queixa na justiça contra desconhecidos.

Ao DN o secretário-geral do PSD, José Matos Rosa, disse ter conhecimento da situação há três semanas e admitiu avançar com uma queixa na Comissão Nacional de Protecção de Dados. Este responsável rejeita para já um ataque informático, mas admite que se trata de “documentos internos do partido que foram indevidamente parar a um site de partilha de documentos”.

Esta não é, porém, a primeira vez que o PSD é vítima de falhas de segurança e de ataques informáticos. Em Novembro os LulzSec Portugal garantiram ter conseguido aceder às bases de dados das sedes distritais dos dois maiores partidos nacionais, através do PSD Setúbal e PS Faro, divulgando dados através do Pastebin.

O site do PSD foi também alvo de ataques pelo mesmo grupo no âmbito de uma iniciativa que visava várias organizações, sites do Governo e forças policiais, e que viria a ser investigada pelo Ministério Público.

Já em Dezembro o site do PSD voltou a ser alvo de ataques neste caso dirigidas à página da distrital de Lisboa onde o grupo Anonymous conseguiu fazer um defacement explorando uma falha de segurança que permitia SQLInjection.

Desta vez não há porém qualquer reivindicação da autoria de ataques ou roubo de informação pessoal dos militantes nos canais que estes grupos usam habitualmente para comunicar as suas ações.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Fátima Caçador