Depois de anunciar que iria retirar os seus anúncios do Facebook, a Mozilla decidiu criar uma extensão para o Firefox de forma a ajudar os utilizadores que não querem que a rede social tenha acesso a muitas das suas informações pessoais.
Quando ativada, a funcionalidade "Facebook Container" faz com que as páginas do Facebook abram numa aba especial que isola a rede social de outras áreas da web, impedindo a recolha de informações sobre o que o utilizador faz na internet.
Desta forma e segundo o blog da Mozilla, o Facebook pode continuar “a fornecer o seu serviço e a enviar publicidade” para o utilizador, com a diferença de que será muito mais difícil para a rede social recolher e usar dados recolhidos fora dele.
Recorde-se que a mais recente polémica que envolve aquela rede social revelou que a britânica Cambridge Analytica terá acedido a dados de mais de 50 milhões de perfis da rede social, sem ser suposto.
A informação em questão terá sido obtida pela consultora em 2014 e usada, segundo revelaram no sábado os jornais The London Observer e The New York Times, para criar um programa informático de propaganda destinado a influenciar os resultados de referendos e eleições, nomeadamente a de Donald Trump para as presidenciais dos Estados Unidos.
A Mozilla terá, então, decidido retirar os seus anúncios da rede social, revelando que o retorno só se verificará quando "o Facebook implementar medidas de segurança mais rígidas para a partilha de dados dos seus utilizadores".
Também na sequência do escândalo que envolve a obtenção de dados pela consultora Cambridge Analytica, o Parlamento britânico quer saber se a informação de milhões de utilizadores daquela rede social foram usados para manipular campanhas políticas em todo o mundo, incluindo no Brexit.
Mas, depois de ter pedido desculpas publicamente e de ter admitido falhas no caso da Cambridge Analytica, o co-fundador e presidente executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, disse que nao vai ser ele a responder pessoalmente às questões dos políticos britânicos.
“O Sr. Zuckerberg pediu pessoalmente a um dos seus representantes para se mostrar disponível a mostrar provas”,escreveu a directora de políticas públicas do Facebook no Reino Unido, Rebecca Stimson, num comunicado enviado aos parlamentares.
Em princípio, será Mike Schroepfer, responsável pela tecnologia (CTO) do Facebook, ou Chris Cox, o director de produto do Facebook, a responder às perguntas no Parlamento britânico.
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