A Força Aérea Portuguesa vai recorrer ao Second Life para formar controladores aéreos e criar simuladores para intervenções técnicas em motores de caças F-16.

A iniciativa resulta de uma parceria com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), que mantém desde há quatro anos projectos de investigação relativamente àquele mundo virtual.

A colaboração com a Força Aérea começou em Março, estando a ser preparados dois projectos. Um dos projectos diz respeito à formação em controlo de tráfego aéreo em aeródromos, para utilização pelo Centro de Formação Técnica e Militar da Força Aérea, na Base Aérea da Ota. O objectivo é promover metodologias e ferramentas de ensino à distância, avança a Lusa.

Outro foco de investigação está relacionado com o desenvolvimento de simuladores multi-utilizador para intervenções técnicas com motores de aviões F-16, para apoio à formação contínua na Base Aérea N.º 5 de Monte Real.

Este é apenas um dos projectos de investigação relacionado com o Second Life em curso na UTAD, já que a instituição colabora com mais de 20 entidades, nacionais e internacionais, além da Força Aérea Portuguesa, como é o caso da Portugal Telecom Inovação ou da Federação Portuguesa de Andebol.

Com a Federação Portuguesa de Andebol, a UTAD está a trabalhar na formação de treinadores de andebol com equipas de avatares automatizados. O objectivo é permitir a um formador de treinadores definir jogadas e depois, durante uma aula virtual, solicitar a reprodução das mesmas a equipas de avatares andebolistas.

Na universidade estão ainda a ser concluídos trabalhos de investigação doutoral para melhorar o ensino da programação de computadores por recurso ao Second Life e identificar requisitos e propor soluções que permitam que crianças e professores do 1º ciclo do ensino básico possam utilizar mundos virtuais para desenvolverem conceitos de empreendedorismo.