Kim Dotcom acusa o FBI de ter clonado toda a informação contida nos seus computadores, quando este foi detido, e enviado esses dados para os Estados Unidos de forma ilegal, via Fedex.



Em causa estará o conteúdo existente nos discos rígidos de 18 computadores, máquinas apreendidas quando em janeiro o fundador do Megaupload foi detido pelas autoridades, na Nova Zelândia.



Segundo a lei, o material apreendido nestas situações deve permanecer no país enquanto decorre o processo. Para além disso, dias antes do envio dos dados clonados para os Estados Unidos, um juiz tinha determinado a necessidade de uma audiência para decidir se o FBI podia ou não apropriar-se da informação, acusa a defesa de Dotcom que apresentou a queixa no supremo tribunal de justiça da Nova Zelândia.



Um assessor do procurador-geral comentou entretanto a notícia, avançada pela Wired, considerando que as acusações não têm fundamento. O homem esclarece que, a acontecer, a clonagem dos dados para envio para os Estados Unidos não seria ilegal, porque a legislação que impede a saída do país das provas recolhidas na detenção aplica-se apenas a material físico. A informação dentro dos computadores não está por isso abrangida. A mesma fonte reconhece, no entanto, que neste caso, a informação digital é a mais relevante.



Kim Dotcom está em prisão domiciliária, a aguardar uma decisão da justiça da Nova Zelândia relativamente ao pedido de extradição apresentado pelos Estados Unidos, uma decisão que só deve acontecer em janeiro.



O hacker e outros responsáveis do serviço são acusados de ter angariado proveitos superiores a 175 milhões de dólares com a criação do Megaupload, causando danos superiores a 500 milhões de dólares em direitos de autor. As penas de prisão a que os quatro homens estão sujeitos vão até aos 20 anos.
O fundador do Megaupload foi detido em janeiro na Nova Zelândia, na mesma altura em que o FBI encerrou o serviço. Kim Dotcom está acusado dos crimes de branqueamento de capitais e violação de direitos de autor.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico




Cristina A. Ferreira