Na semana passada, uma dezena das maiores empresas de tecnologia norte-americanas foram desafiadas pelo responsável pela política de segurança online do Facebook, Nathaniel Gleicher, para um “encontro”. O objetivo era discutir formas de preparar as eleições de 2018 nos Estados Unidos.

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"Como mencionei a alguns de vós nas últimas semanas, temos procurado marcar uma discussão sobre as operações de informação, proteção de eleições e o trabalho que todos estamos a fazer para enfrentar tais desafios", escreveu Nathaniel Gleicher no email do convite, segundo cita o BuzzFeed News.

A reunião já terá tido lugar, na sede do Twitter, em São Francisco, e a intenção era que cada responsável presente apresentasse o trabalho que a sua empresa tem vindo a desenvolver para combater as “campanhas de desinformação coordenadas”. Estava também na mesa um período reservado à discussão de eventuais problemas existentes e a proposta de tornar este tipo de reuniões regular.

Esta não foi a primeira reunião com tais objetivos. Em maio deste ano, nove das gigantes tecnológicas estiveram num encontro semelhante, que contou com a presença de dois representantes do governo norte-americano, mas que não terá registado grandes resultados.

Além do BuzzFeed News, há outros meios a avançarem que, paralelamente à reunião sugerida pelo Facebook, houve um outro encontro com responsáveis da rede social criada por Mark Zuckerberg e da Microsoft e de dois organismos ligados às eleições nos Estados Unidos, a National Association of State Election Directors (NASED) e a National Association of Secretaries of State (NASS), sobre os esforços de segurança em desenvolvimento.

As últimas eleições presidenciais nos Estados Unidos, o fenómeno das fake news e o escândalo Cambridge Analytics vieram aumentar as preocupações relativamente aos sufrágios. Na União Europeia haverá a intenção de reforçar as regras de financiamento dos partidos europeus, impondo multas a quem usar os dados dos eleitores de forma a influenciar os resultados.