Depois de ter sido levada a tribunal por recolher dados de localização e violar as leis de proteção do consumidor do Estado do Arizona, a Google volta a enfrentar mais um processo judicial. Desta vez, a gigante de Mountain View foi acusada de invadir a privacidade dos utilizadores ao recolher informações sobre as suas atividades online quando usam o modo incógnito do Google Chrome e poderá pagar uma multa de 5 mil milhões de dólares, ou, pelo menos, uma coima de 5.000 dólares por cada utilizador afetado.
De acordo com o processo aberto no Tribunal Federal de San Jose, na Califórnia, os queixosos alegam que a empresa recorre a ferramentas como a Google Analytics, a Google Ad Manager, assim como aplicações para smartphone e computador e plug-ins de websites para monitorizar o que milhões de utilizadores fazem.
“A Google rastreia e recolhe os dados do histórico do browser de outras atividades online independentemente das medidas que os consumidores tomem para proteger a sua privacidade”, indica o processo. A queixa alega ainda que a empresa está a enganar propositadamente os utilizadores, levando a que acreditem que têm algum tipo de poder em relação à informação que partilham com ela.
“A Google não pode continuar a recolher dados de forma sub-reptícia e não autorizada de todos os cidadãos norte-americanos que têm um computador ou smartphone”, sublinham os queixosos.
Num comunicado à imprensa internacional, Jose Castaneda, porta-voz da Google afirmou que a empresa vai contestar fortemente as alegações do processo em Tribunal. “O modo incógnito do Google Chrome dá aos utilizadores a opção de navegar a Internet sem que a sua atividade fique registada no browser ou no equipamento", explicou Jose Castaneda.
"Nós mencionamos claramente de cada vez que é aberta uma nova janela incógnita que alguns websites poderão recolher informação sobre as atividades realizadas durante a sessão online”, afirmou o porta-voz da Google.
A Google tem vindo a fazer sucessivas atualizações ao Chrome para melhorar a privacidade de quem navega através do modo incógnito, com a mais recente a chegar em maio deste ano. Porém, vários investigadores da área da cibersegurança afirmam que a utilização do modo pode mesmo ser mais prejudicial, pois pode fazer com seja traçado um perfil da identidade dos utilizadores, ao combinar dados da navegação comum com os da privada.
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