Com a pandemia de COVID-19 a não dar tréguas, as aulas continuam no mundo digital. Para ajudar alunos e professores a manterem-se ligados, muitas escolas e universidades estão a recorrer a software proprietário como o Zoom, o Microsoft Teams e até a ferramentas digitais de monitorização de testes e exames.

No entanto, a utilização dos programas levanta questões acerca da privacidade dos dados dos estudantes e a Free Software Foundation (FSF) lançou uma iniciativa que quer trazer mais liberdade às salas de aula virtuais.

Em “The University of Costumed Heroes”, o segundo vídeo da série criada pela FSF, a organização alerta para a crescente e preocupante tendência de utilização de software proprietário, sublinhando que é necessário reverte-la.

“O software livre protege as liberdades dos seus filhos ou netos, permitindo que as pessoas analisem o código-fonte para perceber se existem quaisquer funcionalidades maliciosas”, explica a FSF acrescentando que o uso deste tipo de programas transmite “valores importantes como autonomia, compartilhamento, responsabilidade social e colaboração”.

Nenhum estudante deve perder a sua liberdade em troca da sua educação e a organização quer dar a conhecer opções livres e mais éticas em matéria de software. Ao longo das últimas semanas, os ativistas têm vindo a publicar vários recursos numa lista online aberta ao público, incluindo plataformas de videoconferência, de partilha de documentos e até redes sociais.

Para dar voz à comunidade de alunos, professores, administradores e pais foi também criada uma petição online. Ao assiná-la, o utilizador tem a oportunidade de indicar se a escola ou universidade em questão usa software proprietário e a FSF entrará depois em contacto com a administração da instituição para dar a conhecer que existem alternativas mais livres e que não colocam em perigo a privacidade de quem as usa.