A Meta tem vindo a testar, e vai agora começar a disponibilizar publicamente, tecnologia de reconhecimento facial para simplificar a recuperação do acesso a contas no Facebook e no Instagram. A opção Selfie de vídeo passará a ser mais uma disponível, quando o utilizador deixa de ter acesso às respetivas credenciais e precisar de provar que é o legítimo titular da conta.
O utilizador terá de fazer um pequeno vídeo seu, seguindo as indicações da Meta detalhadas no vídeo abaixo, uu seja, tem de se filmar com o rosto em diferentes posições. A imagem será comparada com as que foram publicadas no perfil para validar a autenticidade. A Meta garante que os vídeos serão apagados logo em seguida e em caso algum serão usados para outros fins.
Veja como funciona a recuperação de conta com reconhecimento facial
A empresa anunciou que está a recorrer às mesmas tecnologias de reconhecimento para reforçar o controlo de anúncios fraudulentos a circular nas suas redes sociais, usando indevidamente imagens de figuras públicas. O fenómeno não é novo, mas tem ganho escala com a ajuda de programas de inteligência artificial que facilitam a criação de vídeos e fotos realistas de pessoas que nem sabem que as suas imagens estão a ser usadas. Nomes como o de Elon Musk, cantores ou futebolistas estão entre os mais visados por este tipo de apropriação, que as redes sociais já tentam minimizar com recursos a IA, mas ainda sem os efeitos desejados.
A dona do Facebook e do Instagram diz que já testou com bons resultados e vai agora escalar essa utilização da tecnologia, que permite comparar as imagens de perfil e publicadas oficialmente por figuras públicas, com as imagens associadas a anúncios identificados como suspeitos. Se encontrar sinais de que as imagens não são legítimas, os anúncios são bloqueados das suas redes sociais.
Recorde-se que a Meta já tinha usado tecnologias de reconhecimento facial no Facebook, que acabou por descontinuar em 2021, depois de muitas críticas sobre o impacto da tecnologia para a privacidade dos utilizadores.
Na altura o sistema permitia, a quem tivesse concordado com isso, o reconhecimento automático de utilizadores em fotografias e vídeos publicados nas plataformas, a sua identificação e a notificação aos envolvidos, por exemplo. À data um terço dos utilizadores da plataforma tinham esta opção ativa.
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