Com o ano quase a terminar é tempo de balanços e um dos que já foi feito analisa as falhas de serviços online com mais impacto a nível global. A partir dos dados reportados pelo site Downdetector a Ookla, que detém a plataforma, revela que o “apagão” com mais impacto a nível global nos primeiros três trimestres do ano foi a falha no Facebook a 5 de março, que afetou mais de 11 milhões de utilizadores.
A segunda falha com mais impacto foi de uma empresa que não fornece serviços a utilizadores finais, mas garante o bom funcionamento de muitos serviços online de clientes, a Crowdstrike. No dia 19 de julho, uma falha no processo de atualização de software da empresa repercutiu em serviços da Microsoft, de companhias aéreas, serviços de transportes ou mesmo de emergência. Terão sido afetadas mais de 5 milhões de pessoas.
A terceira falha com maiores ondas de choque foi da AT&T, operador de telecomunicações norte-americano. Aconteceu em fevereiro e afetou 3,4 milhões. A empresa justificou-a na altura como consequência de um erro de configuração num equipamento, que deixou milhões de clientes sem conseguirem usar serviços.
A análise apresenta ainda valores globais e regionais. No que se refere à Europa, os dados compilados mostram que a falha no Facebook também foi a mais impactante para a região, com 3,4 milhões de pessoas afetadas. A segunda falha de serviço mais relevante foi igualmente de uma empresa da Meta, o WhatsApp. Aconteceu a 3 de abril e deixou 1,1 milhões de utilizadores com dificuldades em usar o serviço. O terceiro apagão mais relevante na região aconteceu ainda dentro do universo Meta e foi com o Instagram. Verificou-se no mesmo dia da falha mais grave do Facebook, a 5 de março, com impacto num milhão de utilizadores.
Olhando para as restantes regiões do globo analisadas, constata-se que a falha do Facebook foi em quase todas, aquela que gerou mais impacto. A exceção verifica-se na região de África e Médio Oriente, onde a falha de serviço com mais impacto foi no Microsoft 365. Logo a seguir vem a falha no Facebook, mas as duas posições principais deste ranking regional também mostram bem as diferenças no nível de utilização do serviço de reporte de falhas técnicas aqui e no resto do mundo. A falha no Microsoft 365 foi reportada por 76 mil utilizadores e a do Facebook por 72 mil.
Como frisam os responsáveis pela análise, algumas empresas enfrentaram mais do que uma falha de serviço grave este ano mas, por empresa, esta análise só considera a falha mais grave do período avaliado. Ou seja, as falhas de serviços com utilização massiva, como o Facebook ou o Instagram, terão na verdade afetado mais utilizadores que os referidos nesta análise, já que este ano foram reportados mais do que um evento para cada um, mas só é considerado o impacto da falha com mais impacto.
Os dados compilados pelo Downdetctor são obtidos a partir da monitorização de performance dos sites mais populares da internet e dos relatos dos utilizadores que assinalam dificuldades na utilização dos serviços. O site é conhecido em todo o mundo por fornecer informação em tempo real sobre falhas. Mostra o tipo de acesso mais afetado pelo problema e as regiões, para além de partilhar as informações que os responsáveis das plataformas afetadas vão disponibilizando sobre o problema.
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